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Brasil registra o mês de julho mais quente desde 1961

O Brasil viveu o mês de julho mais quente desde 1961, quando começaram os registros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo os dados do órgão, a temperatura média do país foi de 22,97°C, ou seja, 1,04°C acima da média histórica (1991 – 2020), que é de 21,93°C.

As regiões que apresentaram as maiores anomalias positivas de temperatura foram o Sul, o Centro-Oeste e parte do Norte. Nessas áreas, as temperaturas ficaram entre 12°C e 24°C, com valores até 3°C acima da média. O Inmet atribuiu esse fenômeno à atuação de massas de ar seco e quente sobre essas regiões, que inibiram a formação de nuvens e chuvas.

O mês de julho também foi marcado pela ocorrência de geadas em alguns estados do Sul e do Sudeste, provocadas por massas de ar frio de origem polar. Esses eventos causaram prejuízos para a agricultura, especialmente para as culturas de café, milho e hortaliças.

O recorde de temperatura em julho deste ano superou o registrado em 2022, quando a média foi de 22,77°C ou 0,84°C acima da média histórica. Naquele ano, o fenômeno La Niña, que consiste no resfriamento das águas do Pacífico Equatorial e provoca alterações na circulação atmosférica, afetou o clima de várias regiões do globo. Os terceiro e quarto julhos mais quentes ocorreram em 2015 e 2016, respectivamente, com anomalias positivas de 0,8°C e 0,6°C.

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Energia solar Enquanto o país enfrentava as altas temperaturas em julho, a energia solar se destacava como a principal fonte de geração distribuída (GD) de energia elétrica no Brasil. A GD é a modalidade em que o consumidor instala um sistema gerador de energia em sua propriedade, como painéis solares ou turbinas eólicas, e utiliza a energia produzida para suprir sua demanda. O excedente pode ser injetado na rede elétrica e gerar créditos para abater na conta de luz.

Segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), a capacidade em GD atingiu 23 gigawatts (GW) no país em julho. Desse total, mais de 98% correspondem à energia solar fotovoltaica. A ABGD informou que o Brasil faz parte do grupo dos dez maiores produtores de energia solar do mundo.

A GD pode trazer benefícios econômicos, ambientais e sociais para os consumidores e para o sistema elétrico. Entre eles, estão a redução da conta de luz, a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, a diversificação da matriz energética e a redução das perdas na transmissão e distribuição de energia.

A ABGD prevê que o setor invista cerca de R$ 38 bilhões neste ano e chegue até dezembro com 26 GW de potência gerada. A entidade também espera que o marco legal da GD seja aprovado pelo Congresso Nacional, garantindo segurança jurídica e regulatória para o setor.

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