GM quer reduzir salários e jornada de funcionários
Após quatro rodadas de negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), a General Motors propôs, no último sábado (4), a suspensão dos contratos de trabalho com redução de salários, por meio da Medida Provisória 936, no complexo industrial da montadora na cidade.
A proposta final será submetida à votação eletrônica dos metalúrgicos, em data a ser divulgada nos próximos dias. Se aprovada, a medida irá atingir 90% dos trabalhadores do complexo industrial de São José dos Campos. Apenas 100 ficarão na fábrica e não serão impactados pela medida; outros 42 trabalharão em regime de home office. A planta possui cerca de 3.800 funcionários.
- Virada terá ônibus gratuito na madrugada e Metrô 24 horas; veja os locais
- Virada Cultural: confira a programação para o evento
- Incêndio atinge hospital de Heliópolis
- Funcionários do serviço social denunciam violações de Direitos Humanos na Cracolândia
A liberação dos trabalhadores neste momento é necessária para a prevenção ao coronavírus. Por enquanto, todos estão em férias coletivas, que terminam no dia 12.
O Sindicato defendeu, na mesa, a estabilidade no emprego por um ano e licença remunerada ou layoff sem redução salarial. A empresa não aceitou. “A MP 936 está muito aquém do que os trabalhadores precisam, e mais atrapalha do que ajuda. A GM não tem por que cortar salários, mas foi irredutível na mesa de negociação. Como o sindicato é uma entidade que segue a democracia operária, vai submeter a proposta à decisão dos trabalhadores. Eles decidirão se aceitam ou não a proposta”, afirma o vice-presidente do sindicato, Renato Almeida.
Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil