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Mundu Rodá apresenta espetáculo no Teatro Paulo Eiró e em sua sede no Ipiranga

Com 18 anos de Estrada, a Mundu Rodá é hoje uma das grandes referências na pesquisa da Cultura Popular Brasileira e das manifestações tradicionais(Foto:Antonio Salvador/Divulgação)

Com 18 anos de Estrada, a Mundu Rodá é hoje uma das grandes referências na pesquisa da Cultura Popular Brasileira e das manifestações tradicionais. O grupo realiza temporada em janeiro no Teatro Paulo Eiró e na Casa Mundu Rodá, no Bairro Ipiranga , com entrada gratuita

A Cia. Mundu Rodá de Teatro Físico e Dança (SP) realiza temporada de seu espetáculo Arigós – Primeiros Riscos da Borracha no Teatro Paulo Eiró e em sua sede, a Casa Mundu Rodá, localizada no Bairro do Ipiranga, com entrada gratuita. O público será convidado a adentrar o universo amazônico através do rastro da borracha!

Inspirados pelos Soldados da Borracha, também conhecidos como Arigós, nos textos amazônicos de Euclides da Cunha, e nas histórias e depoimentos de homens e mulheres ribeirinhos, descendentes dos arigós e que hoje são também povos da floresta, a Mundu Rodá entra num movimento de migração criativa tendo como ponto de partida o percurso dos milhares de nordestinos que deixaram o sertão para trabalhar nos seringais.

“Em “Migração criativa”, que reflete o próprio trajeto realizado por esses migrantes, o espetáculo é para nós um deslocamento do universo cultural nordestino, com que temos trabalhado há 20 anos, rumo a Amazônia ainda desconhecida e imaginada” – comentam os integrantes da Companhia.

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A exploração da borracha foi a primeira grande ferida aberta na Amazônia, construiu cidades e a riquezas de alguns, significou conflito, morte e miséria para tantos outros, esquecidos e apagados pela História.

Arigós, pássaros migratórios, foi o apelido dado aos soldados da borracha que nos anos da segunda grande guerra chegaram aos bandos em terras amazônicas.

O grupo realiza temporada em janeiro no Teatro Paulo Eiró e na Casa Mundu Rodá, no Bairro Ipiranga , com entrada gratuita(Foto:Cibele Mateus e Mariana Pardo/Divulgação)

Não foram os primeiros, como eles, desde o final do século XIX, milhares de nordestinos migraram do sertão para floresta iludidos pela fortuna prometida advinda de uma árvore – Heveas Brasiliensis – a seringueira.

Embora muitos exploradores e viajantes tivessem adentrado o território, então chamado de deserto demográfico, a despeito dos diversos povos originários que o habitavam, a exploração da borracha foi a primeira grande ferida aberta na Amazônia, construiu cidades e a riquezas de alguns, significou conflito, morte e miséria para tantos outros, esquecidos e apagados pela História.

Ao longo do tempo, a Cia. Mundu Rodá (criada em 2000) construiu uma trajetória artística marcada pelo diálogo entre o trabalho do ator/dançarino/músico e as manifestações tradicionais. Está sempre em busca de uma expressão artística contemporânea capaz de revelar os traços e os fundamentos da identidade cultural brasileira.

Nas criações realizadas, assim como na atuação formativa desenvolvida por seus fundadores, Juliana Pardo e Alicio Amaral, a Cia. busca incorporar muito mais do que as informações mais evidentes das formas populares, buscando conexões com as mensagens deixadas pelos povos, por meio das gerações, e narrando cenicamente as histórias pouco ouvidas até agora.

Seus trabalhos procuram os fundamentos mais primordiais da corporeidade brasileira e marcam o encontro de povos de origens distintas, apoiada em uma cultura fundamentalmente oral, na qual a pluralidade rítmica transborda um modo de viver que não estabelece limites rígidos entre brincadeira, expressão, formação, crença e arte.

Se programe para assistir este espetáculo e conhecer o trabalho lindo da Mundu Rodá! Mais informações na fanpage Mundu Rodá ou no site: Clique aqui para acessar o site

Realização Cia. Mundu Rodá, Cooperativa Paulista de Teatro e Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo

FICHA TÉCNICA

Concepção e atuação Alício Amaral e Juliana Pardo |Direção Antonio Salvador | Coordenação Dramatúrgica Luís Alberto de Abreu e Maria Thaís | Textos Murilo de Paula e Euclides da Cunha (excertos da obra A Margem da História) | Direção e Criação Musical Alício Amaral | Desenho de Luz Eduardo Albergaria | Cenário e Figurino Eliseu Weide |Assistência de Direção e Operação de Som Cibele Mateus | Operação de Luz e Cenotecnia Eduardo Albergaria | Pesquisa dramatúrgica Cia. Mundu Rodá, Luís Alberto de Abreu, Maria Thaís, Murilo de Paula e Antonio Salvador | Pesquisa Cenário e Figurino Cia. Mundu Rodá, Antonio Salvador e Eliseu Weide | Preparação/Investigação Narrativa Antonio Salvador | Preparação Corporal – Deuses que Dançam (Orixás) Wellington Campos e Alexandre Buda – Treinamento Funcional Kalil Moreira dos Santos | Preparação musical Charles Raszl e Zuza Gonçalves | Provocação/Investigação musical Charles Raszl, Zuza Gonçalves e Alício Amaral | Áudio em off (extração do látex e canção do seringueiro) cedido por Marlui Miranda | Arte Gráfica Lisiane Leite | Fotos Antonio Salvador, Cibele Mateus e Mariana Pardo | Registro Audiovisual Panamérica Filmes, Mariana Pardo e Cia. Mundu Rodá | Assessoria de imprensa Luciana Gandelini | Produção Mariana Pardo, Deborah Penafiel e Cibele Mateus | Coordenação Artística Projeto Arigós Alício Amaral e Juliana Pardo |Pesquisa de Campo Terra do Meio – RESEX Rio Iriri e Riozinho do Anfrísio (PA) | Apoio e Guia de Expedição Ana Azevedo e Leo Konrath (ICMBio) | Produção local Ana Célia Martins | Registro Audiovisual Alício Amaral, Ana Célia Martins e Juliana Pardo | Edição e Produção Audio Visual – Diário de Bordo Marcelo Eme e Barbara Moraes (Panamérica Filmes) | Encontros e Palestras Marcos Vinicius Neves, Marlui Miranda e Marcelo Eme

ARIGÓS – Primeiros Riscos da Borracha

Inspirados pelos Soldados da Borracha, também conhecidos como Arigós, e nos textos amazônicos de Euclides da Cunha, a Mundu Rodá entra num movimento de migração criativa tendo como ponto de partida o percurso dos milhares de nordestinos que deixaram o sertão para trabalhar nos seringais.

A exploração da borracha foi a primeira grande ferida aberta na Amazônia, construiu cidades e a riquezas de alguns, significou conflito, morte e miséria para tantos outros, esquecidos e apagados pela História.

Duração: 1h30min – Classificação Indicativa ACIMA DE 10 ANOS

Local: Teatro Municipal de Santo Amaro Paulo Eiró – Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo – SP, 04733-100 – Telefone: (11) 5686-8440

Temporada: 19/01/2018 À 28/01/2018 – Horário: Sextas e sábados às 21H, Domingos às 19H

Realização Cia. Mundu Rodá, Cooperativa Paulista de Teatro e Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo

Local: Casa Mundu Rodá – Endereço: Rua Southey, n106, Ipiranga (metrôs próximos: Alto do Ipiranga e Santos – Imigrantes)

Temporada: 22/01/2018 À 24/01/2018 – Horário: Segunda, Terça e Quarta às 20h00

Gratuito – Capacidade: 30 lugares

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