Capital

Prefeito diz que ‘pancadões’ são organizados por criminosos; ‘festa é praga’, diz Doria

O prefeito solicitou à Polícia Civil que use seu setor de inteligência(Foto:Divulgação)

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na manhã desta terça-feira (9) que solicitou à Polícia Civil que use seu setor de inteligência para identificar quem são os promotores dos “pancadões” na cidade. “Pancadão é uma praga que atende a um número considerável de pessoas, é triste mas é uma realidade”, disse o prefeito em entrevista para a Rádio Bandeirantes.

Segundo Doria, muitos dos organizadores “são originários do PCC (Primeiro Comando da Capital)”, e transformam os bailes de rua em negócios com “consumo de álcool, tráfico de entorpecentes e prostituição de meninas”.

O prefeito disse ainda que orientou os 32 prefeitos regionais a combater os pancadões e que solicitou ajuda da polícia para evitar as festas.[quads id=1]

Na gestão anterior, o prefeito Fernando Haddad tentava combater a criminalidade dos pancadões com festas oficiais promovidas pela Prefeitura de são Paulo. Em janeiro de 2014, Fernando Haddad chegou a vetar um projeto que proibia a utilização de vias públicas para a realização de bailes funk e de qualquer outro evento musical não autorizado pela Prefeitura. Na época, Haddad alegou que os objetivos do projeto já eram atendidos pela legislação em vigor.

Desde fevereiro de 2017, uma lei estadual proíbe pancadões no estado. Quem descumprir a regra fica sujeito a multa de R$ 1 mil. O valor pode dobrar na primeira reincidência e quadruplicar na segunda reincidência.

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Viagens Oficiais

Na entrevista, o prefeito foi questionado se “recuperou o prestígio inicial”, já que sua aprovação caiu ao longo do ano. Uma das críticas foi em relação às diversas viagens feitas para outras cidades do estado e até do exterior.

“Não tenho compromisso com erro nem com falhas, tenho compromisso com acertos. Mudamos a nossa conduta, focamos na cidade. Eliminamos 100% as viagens nos últimos três meses”, afirmou Doria.

No entanto, se Doria tivesse eliminado as viagens há três meses, elas teriam parado em 9 de outubro. Em 12 de outubro, o prefeito foi para Milão, na Itália, onde fez uma palestra em uma universidade.

No dia 19 de outubro Doria teve um almoço com empresários em Goiânia, em Goiás. Logo depois, dia 27, esteve em Aracaju. E, para fechar o mês de outubro, no dia 31, ele participou de uma reunião no Rio de Janeiro com o prefeito Marcelo Crivella.

Segundo a agenda oficial do prefeito, sua última viagem foi em 9 de novembro, quando foi para Manaus e fez visitas a veículos da imprensa local.

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