São Paulo

Aquário de Santos completa 75 anos

Um sentimento de saudade da infância e muitas memórias de lazer em família invadem nossas lembranças quando pensamos no Aquário. Desde que foi inaugurado, em 1945, o parque – atualmente fechado como medida de prevenção ao coronavírus – cativa o coração de moradores e turistas e não é apenas uma opção de passeio, mas também, e principalmente, uma referência que marca várias gerações familiares.

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(Arquivo/Isabela Carrari/Pref. de Santos)

É o caso de Clarisse Pinto da Mota, de 74 anos. Nascida em Campinas, chegou a Santos aos 9 anos, trazida pela irmã, e pouco depois conheceu o ponto turístico. Ela nunca mais saiu da Cidade e, desde então, o Aquário tem sido compromisso para o lazer. Seja quando criança ou anos mais tarde, com os filhos e netos.

Casada com José Afonso da Mota, de 84 anos, mãe de dois filhos e avó de cinco netos, ela visitou o parque várias vezes na infância. “Me lembro do leão-marinho, da foca, das tartarugas. Eu passeava pelos corredores, ficava horas vendo os peixes”, conta.

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Filhote de tubarão-gato que nasceu no aquário (Arquivo/Susan Hortas/Pref. de Santos)

Com o passar dos anos, ela deixou de ir ao Aquário, mas o passeio voltou a ser feito após o nascimento da filha mais velha, Débora Mota Nunes da Silva, hoje com 49 anos. Depois, com o filho Rogério, de 44.

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Clarisse transferiu para a família a paixão pelo equipamento. Tanto é que Débora fez com que os filhos João Pedro, de 24 anos, e Rebeca, de 22, conhecessem o parque quando ainda eram bebês.

“Na minha época, a atração era o Macaé. Era mágico ver tudo aquilo. Depois vieram os meus filhos e quando levei a Rebeca, por exemplo, ela não tinha nem um mês de vida, eu ainda me recuperava da cesárea”, conta Débora. A caçula Rafaela, 9 anos, não poderia ficar para trás e já conhece bem o ponto turístico.

E, pelo visto, o carinho pelo Aquário chegou aos netos. “Eu passava férias na casa dos meus avós e eles me levavam sempre. É um local onde um dia eu levarei meus filhos, com certeza. Adorava ver o Macaezinho, os tubarões”, conta João Pedro. Segundo Rebeca, uma de suas lembranças é o tanque sensorial, onde o público podia tocar alguns animais marinhos. “Me lembro bem desse tanque, da experiência de tocar em um ouriço. Me marcou muito”.

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A família de Clarisse, com ela, ao lado do marido, no centro da foto

Guilherme Negrin tem 43 anos e, desde 2019, mora com a família em Goole, cidade ao norte da Inglaterra, onde trabalha como operador de empilhadeira. Nascido em Jundiaí (SP), residiu em Valinhos (SP) e vinha a Santos durante as férias. O Aquário era ponto certo para passeios na infância.

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Guilherme (à frente), com mulher e filhos

“Comecei a ir bem novo com meus pais, pelo menos duas vezes por ano. O que mais me chamava a atenção eram o leão-marinho, os tubarões e os pinguins. Tenho um carinho especial pelo Aquário, marca uma época em que não tínhamos a responsabilidade da vida adulta”.

Depois de casar e ter filhos, Negrin manteve o hábito dos passeios ao parque, mesmo sem morar em Santos. A esposa, Fernanda, e os filhos Nicolas, de 18 anos, e Anna Giulia, de 15, também conhecem o Aquário. À distância, a vontade de voltar ao local permanece. “Quando formos visitar nossos parentes no Brasil, vamos retornar ao Aquário”.

E há quem ainda não tenha ido ao Aquário, mas se apaixonou pelo local só de conhecê-lo pela internet. Davi Silva, de apenas 10 anos, mora em Cubatão. No último dia 1º de junho, durante a quarentena em função da pandemia, ele acompanhou uma live realizada dentro do parque, transmitida pela página do Facebook da Prefeitura, e simplesmente se encantou.

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Davi conheceu o parque pela internet

“Sempre gostei da vida marinha, assisto a programas na TV, filmes sobre histórias no mar. Quando comecei a acompanhar a live, fiquei impressionado”. A surpresa foi tão boa que Davi até confessou nos comentários, durante a transmissão da live, ter sido o seu melhor dia de isolamento. “É incrível! Quero conhecer pessoalmente e, no futuro, ser biólogo”.

Por Maria Estela Galvão – via Prefeitura de Santos

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