Governo deve anunciar a volta do horário de verão nesta quarta-feira (16)
Ministério de Minas e Energia apresenta estudo sobre economia de energia, e decisão do governo pode reativar medida suspensa desde 2019.
O governo federal está prestes a anunciar a possível volta do horário de verão, medida que foi suspensa em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro. A decisão deve ser divulgada nesta quarta-feira (16), após a apresentação de novos estudos realizados pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A crise hídrica atual, que tem afetado fortemente a geração de energia elétrica, impulsionou a discussão sobre o retorno do horário de verão, medida que tradicionalmente visa otimizar o uso de luz solar e reduzir o consumo de energia elétrica durante o horário de pico, das 18h às 20h. Essa janela de tempo é crítica, pois a geração de energia solar e eólica diminui, e as usinas térmicas precisam ser ativadas, elevando os custos de produção e a pressão sobre o sistema elétrico.
Estudos indicam que a volta da mudança de horário pode proporcionar uma economia significativa, estimada em cerca de R$ 400 milhões ao ano, o que traria alívio tanto financeiro quanto ambiental. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já declarou que a medida deve ser adotada apenas se for considerada imprescindível para a segurança energética do país. Entretanto, a avaliação também leva em conta os possíveis impactos na saúde da população, como distúrbios no sono e efeitos no relógio biológico, que foram alguns dos motivos para o cancelamento da medida anteriormente.
Caso a decisão seja favorável, o horário de verão deverá começar nas próximas semanas, com o adiantamento de uma hora nos relógios, trazendo de volta uma prática que foi utilizada no Brasil por décadas. Com a crescente demanda por energia e a iminente crise hídrica, a medida se mostra como uma alternativa estratégica para o governo enfrentar os desafios de abastecimento energético.