Bicho geográfico: uma ameaça oculta em superfícies contaminadas
Entenda o que é o bicho geográfico e como se prevenir contra esse parasita que afeta humanos e animais
Entre as várias doenças transmitidas pelo contato com superfícies contaminadas em praias e parques, o bicho geográfico se destaca como uma das mais incômodas. Essa infecção, causada por larvas de um verme, provoca desconforto significativo e alerta para os riscos associados a ambientes ao ar livre.
A transmissão ocorre quando as larvas do parasita entram em contato com a pele humana, geralmente originadas de ovos liberados no ambiente através das fezes de cães e gatos contaminados.
Os sintomas podem aparecer entre algumas horas e poucos dias após a contaminação, manifestando-se como linhas que se expandem de 1 a 2 cm por dia. Essa característica peculiar confere ao parasita seu nome, uma vez que as marcas na pele se assemelham a um mapa, criando padrões que lembram trajetos geográficos.
Saiba mais sobre o bicho geográfico e como se prevenir dessa infecção, que pode afetar tanto humanos quanto animais de estimação.
O que são as larvas migrans, ou bicho geográfico
A larva migrans cutânea é um parasita que reside no intestino de cães e gatos. Quando liberadas, essas larvas podem entrar em contato com a pele humana, penetrando no tecido cutâneo e causando lesões que se assemelham a um mapa.
Embora a infecção provoque desconforto, a doença não é considerada grave, uma vez que o parasita não consegue penetrar profundamente na pele.
Sintomas após a contaminação
Após o contato com areia, grama ou superfícies contaminadas, os primeiros sintomas do bicho geográfico podem surgir algumas horas depois, ou, em alguns casos, levar dias para aparecer.
Os principais sinais incluem:
- Pequenas bolhas vermelhas na pele
- Inchaço no local do contato
- Coceira intensa, que geralmente piora à noite
- Sensação de movimento sob a pele
- Linhas vermelhas e tortuosas que marcam o trajeto da larva
Como tratar o bicho geográfico
Ao identificar qualquer sintoma relacionado à contaminação pela larva migrans, é fundamental procurar um dermatologista. Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento geralmente envolve o uso de pomadas antiparasitárias.
Se necessário, o médico pode prescrever medicamentos tópicos e orais para aliviar os sintomas. É crucial seguir rigorosamente as orientações médicas e evitar tentativas de remover a larva com pinças ou agulhas, pois isso pode causar inflamação na pele e aumentar o risco de infecções, complicando ainda mais o quadro clínico.
Como se prevenir e evitar a contaminação
Áreas onde cães e gatos costumam defecar apresentam maior risco de contaminação pelo bicho geográfico, já que os ovos das larvas são eliminados nas fezes dos animais.
A infecção se dá principalmente pelo contato de mãos ou pés com areia, grama e solo contaminados. Para evitar a contaminação, é essencial não andar descalço, evitar deitar em superfícies suspeitas e lavar bem as mãos e os pés após o contato. Essas medidas são fundamentais para proteger a saúde.
Bicho geográfico: impactos na saúde de animais de estimação
Além de representar um risco para a saúde humana, o bicho geográfico pode causar sintomas significativos em animais infectados, incluindo vômitos, diarreia, coceira na região anal e até perda de peso.
Para prevenir a contaminação, veterinários costumam recomendar o uso de vermífugos, que devem ser administrados conforme as orientações profissionais, respeitando as necessidades específicas de cada animal. Por exemplo, em cães, vermífugos como o Endogard 10 kg são eficazes no tratamento de giardíase. Essas medidas são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar dos pets.