São Paulo

Após 6 novas mortes, Estado decreta quarentena

Bruno Covas, João Doria e José Henrique Germann Ferreira (Governo do Estado de São Paulo)

A partir da próxima terça-feira (24), todos os 645 municípios do estado de São Paulo entrarão em quarentena, anunciou há pouco o governador João Doria. As medidas valem por 15 dias, até 7 de abril, podendo ser renovadas caso necessário. O decreto foi assinado após seis novas mortes no estado.

Apenas sete tipos de serviços essenciais continuarão a funcionar nesse período: saúde pública e privada, abastecimento, transportes públicos, alimentação, segurança, limpeza e bancos e lotéricas. O governador esclareceu que as indústrias também continuarão a funcionar, com cuidados especiais para os funcionários, para evitar desabastecimento.

Todos os demais tipos de comércio e de serviços ficarão fechados nesse período. “Estamos numa guerra de vida ou morte. Queremos seguir uma trajetória de vida, protegendo a vida das pessoas”, justificou o governador.



Na área de saúde, poderão funcionar em caráter de excepcionalidade hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas. Na área de alimentação, só estarão abertos supermercados, hipermercados, padarias e açougues. Bares, restaurantes e cafés ficarão fechados, funcionando apenas para entrega (delivery). As padarias funcionarão apenas para venda e não poderão servir alimentos preparados em mesas.

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“O uso de delivery é uma forma criativa de seguirem funcionando e mantendo o emprego dos profissionais e seus negócios. Solicitamos que empresários sejam criativos e solidários num momento de profunda dificuldade para o país e logicamente para o estado de São Paulo”, disse o governador.

Em relação ao setor de abastecimento, funcionarão transportadoras, armazéns, postos de combustível, oficinas mecânicas, pet shops e bancas de jornais, porém operando com resguardos para os funcionários. Todo o transporte público – ônibus, trens, metrôs e táxis – continuarão a funcionar, assim como os aplicativos de transporte.

Em relação à segurança, todo o sistema de segurança pública e as empresas privadas continuarão a operar normalmente. As empresas de limpeza, de zeladoria e de manutenção públicas e privadas também ficaram fora do decreto.

Os bancos e as lotéricas continuarão a funcionar normalmente para garantir a realização de pagamentos. Doria esclareceu que a construção civil, por enquanto, continuará a operar, assim como os serviços de telemarketing e de call center. “Esses setores [de atendimento por telefone] serão muito demandados daqui para a frente”, justificou.

O governador anunciou ainda que determinou que a Polícia Militar não permita a realização de de eventos e de festas como bailes funk em comunidades. “Vocês são promotores do mal e devem ser condenados por isso. Não faz sentido nenhum a gente querer sobrepor interesses particulares aos das comunidades”, declarou Doria sobre os organizadores de tais eventos.

Sobre o funcionamento da indústria, ele disse que a manutenção do funcionamento das fábricas é essencial para garantir o abastecimento. “Nenhuma medida [até agora] restringe o trabalho das indústrias. O setor não trabalha com atendimento ao público. É essencial que elas funcionem regularmente, com os devidos cuidados para os funcionários. Seu funcionamento é vital para não haver desabastecimento no estado de São Paulo nem no país”, afirmou.

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil 

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