São Paulo

Meio milhão de acidentes foram indenizados em dois anos

Pedro Rafael Vilela/Agência Brasil

 (Divulgação/Twitter Corpo de Bombeiros de São Paulo)

No ano passado, foram 245.371 acidentes indenizados pelo seguro DPVAT no país (Arquivo/Corpo de Bombeiros de São Paulo/Reprodução)

A Seguradora Líder, responsável pela administração do Seguro de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Seguro DPVAT), pagou a indenização de 560.789 acidentes nos últimos dois anos. As informações constam em um boletim estatístico divulgado hoje (20), em meio a Semana Nacional do Trânsito, que vai até dia 25 de setembro. Como o prazo prescricional para a solicitação do benefício do Seguro DPVAT é de até 3 anos, os dados podem sofrer alterações conforme as ocorrências são notificadas por vítimas e beneficiários.

Os números mostram que houve uma redução de 22% nas ocorrências entre 2016 e 2017. No ano passado, foram 245.371 acidentes indenizados no país, contra 315.398 no ano anterior. A redução, no entanto, não significa uma tendência de queda nas ocorrências. De acordo com a Seguradora Líder, é provável que aumentem os pedidos de indenização por acidentes em 2017, já que o prazo de prescrição de pedidos só termina em 2020. Neste cenário, o número de ocorrências entre um ano e outro tende a ser mais parecido.

Invalidez permanente

Os casos de invalidez permanente representaram a maioria das indenizações tanto em 2017 (68%) quanto em 2016 (73%). O reembolso de despesas médicas representaram um percentual de 20% no ano passado e 16% no ano anterior. Quanto às indenizações por morte, foram 12% em 2017 e 11% em 2016.

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No ano passado, a maior incidência de acidentes foi com vítimas do sexo masculino (76%), mantendo o mesmo comportamento dos anos anteriores. A faixa etária mais atingida no período foi de 18 a 34 anos, representando 49% do total das indenizações pagas, o que corresponde a quase 119 mil indenizações.

O número de mortes, segundo as estatísticas dos acidentes indenizados, caiu 13% entre 2016 e 2017. Foram 29.500 mortes no ano passado, contra 33.833 no ano anterior. 

Entre as mortes e vítimas com sequelas permanentes, a maioria (70%) eram condutores de veículos, principalmente motociclistas. Os pedestres ficaram em segundo lugar nos acidentes fatais ocorridos e indenizados no período (22%), porém, nos acidentes envolvendo invalidez permanente e reembolso de despesas médico-hospitalares, os passageiros representaram a segunda maior parcela de ocorrências, com 15% e 16%, respectivamente.

De janeiro a dezembro de 2017, seguindo a mesma tendência de anos anteriores, a motocicleta representou a maior parte das ocorrências (76%) apesar de corresponder, em números absolutos, apenas a 27% de toda a frota nacional. Esse número cresce no Nordeste, onde as motocicletas são quase a metade (44%) da frota total. Nos estados dessa região, ocorreram 35% das indenizações por morte e invalidez permanente envolvendo motocicletas no período analisado.

Capitais e regiões

As cinco capitais com o maior número de acidentes indenizados em 2017 foram São Paulo (5.998), Fortaleza (3.908), Goiânia (3.587), Rio de Janeiro (2.877) e Teresina (2.493). Na parte de baixo da lista, Vitória (335), Macapá (390), São Luís (448), Rio Branco (483) e Belém (600) foram as capitais com menos ocorrências registradas.

Em termos regionais, Nordeste e Sudeste concentram o maior número de acidentes indenizados em 2017, com 30% do total cada. Em seguida, aparece a Região Sul, com 20% das ocorrências, seguida por Centro-Oeste e Norte, que somam 10% cada.

A maior incidência de acidentes já indenizados em 2017 foi no período do anoitecer, entre 17h e 19h59, representando 23% das indenizações, seguida pelo período da tarde (13h às 16h59), que representou 21% das ocorrências no total. 

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