São Paulo

Pesquisadora estuda o comportamento de defesa dos cupins

Raquel Gamba/Prefeitura de Diadema

(Marcos Luiz/Prefeitura de Diadema/Reprodução)

Devido à área de Mata Atlântica preservada e a grande variedade de formigas no Jardim Botânico e Borboletário de Diadema, o local está sendo utilizado, neste ano, como fonte de pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da aluna Alexia Satie Augusto, 22 anos, estudante de Ciências Biológicas da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Campus Diadema. 

O trabalho acadêmico tem como tema “Estratégias de Defesa e Forrageamento nos Cupins Sem Soldados Anoplotermes Pacificus (Blattaria, Isoptera)”, que consiste no estudo do comportamentos de mecanismos de defesa dessa espécie de cupim contra seus predadores e a sua dinâmica de busca por alimento. 

“Como faço experimentos para saber quais são os mecanismos de defesa que esses cupins sem soldado possuem, utilizo predadores para poder analisar o tipo de defesa que eles adotam frente a um predador. No caso, as formigas são predadoras de cupins e acabo utilizando espécimes coletadas do Jardim Botânico”, afirma a estudante Alexia.

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Para a secretária de Meio Ambiente, Tatiana Capel, o Jardim Botânico é muito importante para a área de pesquisa em meio ambiente e para a cidade. “Diadema tem muita Mata Atlântica. Então, temos muita procura de estudantes e pesquisadores da área. Trabalhamos para manter esse local disponível para a população, porque as pessoas, em geral, não têm muito conhecimento sobre o ciclo das borboletas. Muitos se interessam por meio dos filhos que vão ao Borboletário como passeio da escola e chegam em casa contando a experiência”, relata Tatiana Capel, se referindo às visitas de estudantes e também sobre outras pesquisas já realizadas no Borboletário.

Jardim Botânico e Borboletário 

(Marcos Luiz/Prefeitura de Diadema/Reprodução)

O Botânico possui 3.000 m de trilhas e árvores nativas da Mata Atlântica como, jequitibá, jatobá, cambuci, quaresmeira e palmeiras jussara, essa última em risco de extinção. Em setembro, o espaço completou 13 anos.

“O Jardim Botânico basicamente é composto de pequenos animais, tartarugas, sapos e formigas, por exemplo. Às vezes, vemos tucano, arara, papagaio, joão de barro e até pica-pau, porque estamos no corredor da Serra do Mar e do Parque do Estado e eles usam a área como parada”, explica o biólogo José Vieira. 

No espaço, também existe um Borboletário, que tem capacidade para 7.000 borboletas. Atualmente, existem cerca de 1.200, quantidade típica para esta estação do ano. O local abriga quatro espécies, a Olho de Coruja (Caligo ilioneus), a Borboleta do Manacá (Methona themisto), a Borboleta da Couve (Ascia monuste) e a Rosa de Luto (Heraclides anchisíades).

(Marcos Luiz/Prefeitura de Diadema/Reprodução)

Agendamento

No passeio até o borboletário os visitantes podem conhecer a vida das borboletas em todos os seus estágios, ainda em ovos, depois na forma de lagartas e finalmente como pupas.

As visitas são monitoradas e os interessados devem agendar o passeio previamente pelo telefone 4059-7619.

As monitorias ocorrem de terça a sexta-feira das 9h às 11h e da 13h às 14h30.

Serviço

  • Jardim Botânico e Borboletário de Diadema
  • Rua Ipitá, 193 – Jardim Inamar
  • Tel.: 4059-7600 ou 4059-7619.

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