Capital

Desemprego piora em maio na região metropolitana

Por Camila Boehm

(Leon Rodrigues/Prefeitura de SP/Reprodução)

A taxa de desemprego total na região metropolitana de São Paulo passou de 16,7% em abril para 16,8% em maio deste ano, revela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ((Dieese), que considerou o resultado “praticamente estável”.

O contingente de desempregados foi estimado em 1.921 mil pessoas em maio, 49 mil a mais que no mês anterior. De acordo com a pesquisa, o resultado decorreu de elevação da População Economicamente Ativa, a PEA – 223 mil pessoas entraram no mercado de trabalho da região em intensidade superior ao aumento da ocupação, com a abertura de 174 mil postos de trabalho.

Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto variou de 13,9% para 14% e a de desemprego oculto permaneceu estável em 2,8%. A taxa de desemprego total é composta pela soma das taxas de desemprego aberto e oculto.A de desemprego aberto inclui pessoas que procuraram vaga nos últimos 30 dias e não exerceram nenhum trabalho nos sete dias anteriores à entrevista.

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Já a taxa de desemprego oculto corresponde a pessoas cuja situação de desemprego está oculta pelo trabalho precário, conhecido como bico, ou pelo desalento; sendo que não houve procura de trabalho nos últimos 30 dias, mas sim nos últimos 12 meses anteriores à entrevista.

Nos demais domínios geográficos para os quais os indicadores da pesquisa são calculados, a taxa de desemprego total diminuiu no município de São Paulo (de 16,4% para 15,9%), aumentou na sub-região Sudeste (Grande ABC) (de 14,4% para 14,6%) e aumentou na sub-região Leste (Guarulhos, Mogi das Cruzes e outros) (de 19,9% para 20,6%).

Ocupação

O contingente de ocupados foi estimado em 9.513 mil pessoas. A análise por setores mostra que houve aumento nos serviços (mais 124 mil postos de trabalho, ou 2,2%) e, em menor intensidade, na construção (mais 29 mil, ou 5,3%) e no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (mais 22 mil, ou 1,3%), enquanto houve redução na indústria de transformação (menos 12 mil postos, ou -0,9%).

Conforme posição na ocupação, o número de assalariados aumentou (1,3%), resultado de elevações no setor privado (1,2%) e no setor público (1,9%). No setor privado, aumentou o assalariamento com carteira de trabalho assinada (1,3%) e sem carteira (0,6%). Houve aumento da ocupação entre os autônomos (2,4%), empregados domésticos (8,5%) e entre os classificados nas demais posições (0,3%) – composto por empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração e profissionais liberais.

Comparação anual

Em maio deste ano, a taxa de desemprego total na região metropolitana de São Paulo (16,8%) foi menor do que a verificada no mesmo mês do ano passado (17,4%). A taxa de desemprego aberto diminuiu de 14,4% para 14%, e a de desemprego oculto, de 3% para 2,8%. Entre as componentes desta última, a taxa de desemprego oculto pelo trabalho precário caiu de 2,6% para 2,2%.

O contingente de desempregados teve aumento – de 7 mil pessoas – o que, segundo a pesquisa, é resultado da elevação da força de trabalho (434 mil pessoas entraram no mercado de trabalho, ou 3,9%) em intensidade superior ao crescimento do número de ocupados (427 mil pessoas, ou 4,7%).7%).

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