Empreendedorismo

10 mulheres que movimentam mais de meio bilhão de reais

Nos últimos anos, a presença das mulheres no mundo empresarial tem sido fortalecida. São muitos os casos de pessoas do sexo feminino que criam seus próprios negócios ou possuem cargos de chefia em uma empresa. Segundo o Panorama dos Pequenos Negócios de 2018 do Sebrae, 1/3 das empresas no Brasil é tocado por mulheres.

Comemorado no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher é uma data marcada para lembrar as conquistas das mulheres ao longo das décadas. Abaixo, conheça 13 negócios tocados por mulheres que movimentam mais de meio bilhão de reais da economia brasileira.

Gela Boca

(Divulgação)

Após 30 anos trabalhando como fotógrafa, Denise Boleta percebeu a saturação da área devido a entrada da fotografia digital e decidiu mudar de ares. A ideia de montar o próprio negócio brilhou seus olhos, e em sociedade com o marido e a filha, João Moreira e Amanda Moreira, a família encontrou no franchising a segurança necessária para dar o primeiro passo.  Devido ao caráter familiar, o trio enxergou na rede de franquias de sorvetes Gela Boca, atrativos suficientes para comprar uma unidade. Em dezembro de 2016, inauguraram em Londrina sua primeira loja.  A parceria deu certo, e em menos de dois anos abriram mais duas lojas, uma em Ibiporã e outra também em Londrina. Com três unidades no Paraná, em 2018, a empreendedora teve um faturamento de R$ 1 milhão. Fundada em 2000, na cidade de Maringá, interior do Paraná, a Gela Boca é uma rede de franquias de sorvete que ganhou o coração dos paranaenses devido a atender públicos variados, possuindo picolés com um valor abaixo de dois reais e também produtos para um consumidor mais seleto, como a taça de sorvete de nutella com morango, com um valor a partir de R$ 26.

Mil e Uma Sapatilhas

(Divulgação)

Com dívidas acumuladas, a fonoaudióloga Renata Marcolino precisou recorrer a outra alternativa de renda com o propósito de auxiliar o marido em um momento de dificuldade financeira. A então funcionaria pública decidiu apostar no comércio de sapatilhas populares para saldar a dívida da família. A criação do negócio começou com as revendas dos calçados dentro do porta mala do carro da fonoaudióloga que usava o veículo para ir até as casas de suas clientes. Após a experiência, Renata continuou com a revenda durante dois meses e comercializou mais de mil pares de sapatilhas. A partir disso, a funcionária pública apostou em montar um espaço físico. A inauguração aconteceu em 2015 no Tatuapé e 13 revendedoras faziam parte do time da marca. Durante o primeiro dia da loja, foram comercializados 500 pares de calçados. O sucesso foi enorme e fez a empresária buscar um fornecedor próprio para abastecer o estabelecimento. Nascia ali, a Mil e Uma Sapatilhas, marca que comercializa calçados no varejo e que possui mais de 140 unidades. Somente em 2018, o negócio faturou R$ 40 milhões e abriu uma fábrica própria.

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The Shaky

Camila Nakamura Félix Pereira e Vitor Girao Rodrigues, proprietários da The Shaky, durante fotos na loja franquiada da cidade de Birigui, no estado de São Paulo. Fotos: Léo Barrilari/TheShaky

A advogada Camila Felix atuava em um fórum na cidade de Lins, interior de São Paulo, porém a profissional não se sentia realizada em sua área de atuação. Logo, a ideia de ser dona do seu próprio negócio passou pela cabeça da funcionária pública. A procura por um investimento que lhe agradasse durou aproximadamente um ano e ao observar o comércio da sua cidade natal notou que só existiam sorveteiras tradicionais, sem atrativos para os habitantes. A partir disso, a advogada criou a The Shaky, marca de milk shakes criativos que trouxe para o mercado como novidade o Shakup, um petit gateau na caneca, criado especialmente para o inverno. Mas antes de chegar ao sucesso, Camila precisou de um empurrãozinho da sua família, especialmente de sua avó. O primeiro estabelecimento do negócio foi montado em um espaço de 30 m² cedido pela a matriarca. Com o sucesso, o espaço comercial passou a ter 70 m² e se tornou ponto de encontro para os linenses. Em 2018, o negócio faturou R$ 3 milhões.

Depyl Action

Danyelle Van Straten, da Depyl Action (Vinny Andrade/Divulgação)

Danyelle Van Straten é o nome por trás da Depyl Action, franquia especializada em depilação e estética do pelo. A rede nasceu a partir de um negócio familiar iniciado na década de 1980. No começo, os pais de Danyelle produziam e vendiam cera para depilação em feiras. Elas também desenvolveram um método exclusivo de depilação que, em 1996, ganhou a primeira loja. A franquia se desenvolveu e, após 22 anos, mantém a expansão da rede em unidades e também em faturamento, que cresceu quase 5% em 2018, totalizando R$ 117 milhões. Com 107 unidades no Brasil e duas na Venezuela, a Depyl Action oferece depilação com cera morna, luz pulsada, design de sobrancelhas, extensão de cílios, coloração de cílios e da região íntima, além do serviço de aparo de pelos e coloração de barba.

Com 22 anos de mercado, a rede atende por mês quase 150 mil homens e mulheres.

Vazoli

(Divulgação)

Sibele Vaz de Lima comanda a Vazoli, empresa que nasceu em setembro de 2008, na cidade de Severínia, interior de São Paulo, e movimentou R$ 400 milhões ano passado. Ela atuava com a comercialização de seguros em um grande banco quando foi demitida. Grávida e desempregada, fundou a rede que entrou para o mercado de franquias em 2011, recebeu por cinco anos consecutivos o selo de excelência pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Com unidades por 20 estados brasileiros, a empresa tem como meta fechar o ano de 2019 com mais de 120 unidades.  

Mercadão dos Óculos

(Divulgação)

Em 1993, quando tinha 22 anos, Aline Monteiro de Barros Bignardi faliu uma ótica familiar, fundada em 1969 em Bebedouro (SP). Mudou de ramo. Formada em Letras/Inglês, se dedicou exclusivamente à carreira de professora. Depois de oito anos, voltou para o ramo óptico em sociedade com o irmão, mas acabou perdendo todo o investimento. Em 2016, aos 45 anos, veio a virada de vida. Já morando em Florianópolis (SC), Aline conheceu o Mercadão dos Óculos e viu ali a oportunidade de empreender pela terceira vez. Logo no primeiro ano faturou mais de R$ 2 milhões. O sucesso foi tão grande que, um ano depois da inauguração da primeira loja, já estava iniciando com a segunda, em 2017. Atualmente, com as duas unidades, a empresária fatura quase R$ 5 milhões e tem planos para abrir a terceira. Em toda rede com mais de 250 unidades, é a dona do primeiro e segundo maior faturamento.

UpVet

Aos 30 anos, a farmacêutica Patrícia Corazza largou o mestrado e mudou o rumo de sua carreira para ir atrás do seu sonho: ter o nome em medicamentos. A empresária inovou ao fugir de farmácias convencionais e abrir a UpVet, farmácia de manipulação pet, junto com o marido. Depois de um ano de estudo, a empresa abriu as portas em março de 2007 e se tornou uma franquia quatro anos depois. Hoje a UpVet possui 19 unidades pelo país e faturou R$ 12 milhões no ano passado.

Urban Arts

Aos 29 anos, Paula Multedo deixou a direção de arte da Globo para empreender. Filha de artista plástica e economista, a design de interiores sonhava em unir as duas coisas. Então, em 2007, Paula decidiu apostar na Urban Arts, maior rede de galerias de arte do país. Hoje ela possui três unidades da marca na cidade do Rio de Janeiro e emprega 36 funcionários. Em 2018, as três galerias faturaram juntas mais de R$ 7,2 milhões.

Oligoflora

Claudia Torquato, da OligoFlora (Léo Barrilari/Divulgação)

Cláudia Torquato comanda a OligoFlora, única rede de clínicas do Brasil que oferece serviços de estética que não utilizam procedimento invasivo (injeções, incisões, medicamentos) e possui 32 unidades pelo país, a marca faturou em 2018 R$ 14 milhões. Fundada em 1999, a empresa passou por uma crise após Iram, marido de Cláudia, ser diagnosticado com câncer no rim. Mesmo pensando em encerrar as atividades, Claudia recebeu apoio fundamental da família para dar continuidade no trabalho construído ao longo de 15 anos. Iram se recuperou e a rede voltou a crescer, expandido para o Brasil por meio franqueados e licenciados. A rede, composta exclusivamente por profissionais ligados à área da saúde, é pioneira em estética In & Out, que cuida do corpo e da saúde de forma simultânea. O negócio é voltado para cidades com mais de 100 mil habitantes. A perspectiva para 2019 é abrir 30 unidades e faturar R$ 35 milhões.

Empório de Coisas de Minas

A mineira Lilian Teodoro, nascida em Muzambinho, foi para São Paulo fazer estágio no curso de Farmácia. No bairro da Mooca conheceu o marido, teve dois filhos e abdicou da profissão. Entre idas e vindas (Muzambinho e São Paulo), trazia para os amigos da capital paulista produtos da cidade mineira, como café, pamonha, queijos, cachaça. Os presentes faziam o maior sucesso, foi quando percebeu que havia uma pouca oferta desses produtos em São Paulo. Decidiu empreender e abriu um pequeno empório de 25 m² chamado de Empório de Coisas de Minas. Começou oferecer café coado na mesa e, por conta das filas, teve de mudar a loja para um espaço maior. As filas continuaram. Ampliou as opções do cardápio e abriu outro espaço no piso superior. Hoje a rede conta com quatro unidades e faturou R$ 1,5 milhão no ano passado. Para este ano a previsão é de abrir entre cinco e dez unidades e atingir um faturamento de R$ 3 milhões.

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