Empreendedorismo

Jovem supera câncer, adia reforma da casa e vira empresária

Diãnafa Andrade Silva, franqueada da Mais Top Estética (Divulgação)

Em julho, a administradora Diãnafa Andrade Silva, 28 anos, decidiu que era hora de apostar em seu próprio negócio. Em pleno auge da pandemia de Covid-19 no Brasil, ela e o companheiro adiaram a ideia de reforma da casa, que custaria em torno de R$ 20 mil, venderam o carro e investiram R$ 58 mil em uma franquia Home Care da Mais Top Estética, em Fortaleza.

O modelo, segundo a rede, oferece aos franqueados equipamentos e suporte para a prestação de serviços de estética em domicílio. Mas Diãnafa e o namorado, Monolidis Efstratios, optaram pela abertura de uma clínica, tendo como base os equipamentos portáteis usados no Home Care. No primeiro mês de operação, mesmo com as portas fechadas devido à pandemia – o período foi dedicado a marketing digital, vendas e agendamentos de atendimentos futuros –, o casal faturou R$ 7 mil.

Em 21 de outubro, Diãnafa e Monolidis finalmente abriram a clínica e, mesmo com poucos dias em operação, encerraram o mês com faturamento de R$ 24 mil. Já em novembro, a receita mais do que dobrou, chegando a R$ 52 mil. “Já estamos com duas salas de procedimento”, celebra a administradora em nota da rede, que precisou contratar 2 funcionários para auxiliar nos atendimentos. “Nossa meta é abrir outra. Por isso, estamos aumentando nossa equipe”.

Vencendo um câncer

A abertura do negócio próprio e a realização do antigo sonho marcaram uma virada positiva na vida de Diãnafa. Em abril de 2018, a administradora trabalhava em uma empresa de consultoria e mentoria, quando descobriu um câncer na região posterior da coxa esquerda. “No banho, senti um nódulo na coxa, me desesperei e fui correndo para o médico”, conta. “Fiz os exames, e o diagnóstico indicou que eu estava com um lipoma (tumor benigno) de três centímetros de diâmetro”, contou em comunicado da franqueadora.

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Diãnafa, no entanto, temia que o diagnóstico pudesse estar errado, uma vez que havia em sua família um histórico de casos de câncer – vários parentes morreram vítimas da doença.  “O médico dizia que não havia como o nódulo se tornar um câncer e me pediu para continuar fazendo os tratamentos propostos”, narra a jovem. “Mas o lipoma cresceu e, após uma cirurgia para retirá-lo, descobri que na verdade estava com um lipossarcoma, um tipo de tumor que afeta partes mais moles do corpo, como os músculos e a pele. Pensei que eu seria a próxima a morrer”.

Na cirurgia para retirada do câncer, os médicos iriam extirpar todos os tecidos que estivessem em contato com o tumor. “O problema era que, se o tumor estivesse na região da artéria, eles teriam que amputar a minha perna. Perguntei se, mesmo sem a perna, eu poderia ser mãe. O doutor disse que sim. Então, criei coragem para a cirurgia”, lembra Diãnafa. “Quando acordei, antes mesmo de abrir os olhos, coloquei a mão na perna, e ela ainda estava lá”.

Foco em objetivos pessoais

Enfrentar – e derrotar – um câncer fez com que Diãnafa repensasse o que vinha fazendo de sua vida. Casada desde 2014, ela estava infeliz com o relacionamento. Enquanto o marido desejava que ela seguisse como dona de casa e abandonasse seus objetivos profissionais, a administradora queria realizar seus sonhos, entre eles o de tornar-se empresária. Assim, o primeiro passo para conseguir avançar em direção aos seus planos foi pedir o divórcio, em meados de 2018.

A jovem, que na infância praticava vários esportes – vôlei, basquete, handebol e futsal – como forma de lutar contra o sobrepeso que tinha na época, havia abandonado tudo após o casamento. “Com a cirurgia, decidi me cuidar mais e prestar mais atenção em mim mesma, nos meus sonhos e objetivos”, diz Diãnafa. “E voltei a praticar esportes novamente”.

Nesta época, a administradora conheceu o atual namorado, de origem grega. E uma delicada coincidência contribuiu para reforçar a ligação do casal: assim como Diãnafa, a mãe de Monolidis também estava com câncer, e a jovem esteve ao lado do namorado e da sogra até que esta voltasse para casa após um período hospitalizada. Quando as coisas serenaram, o próprio Grego – apelido de Monolidis – acabaria sendo o maior incentivador de Diãnafa. “Ele pediu para que eu fosse atrás dos meus seus sonhos, ou seja, abrir meu próprio negócio”.

A partir de então, a jovem começou a pesquisar segmentos promissores para investir. “Vi um anúncio da Mais Top Estética, me interessei e me cadastrei”, conta a administradora. “Em seguida, conheci a história do Caio e da Natália (fundadores da Mais Top) e achei parecida com a nossa. E me encantei pelo propósito do negócio, que é ajudar pessoas e transformar vidas”, afirmou em nota.

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