Saúde

Especialista alerta para cuidados na hora do sexo entre mulheres

Falar sobre sexo é um mito para muitas pessoas. Dentro de casa, muitos pais ainda não conversam sobre o assunto com seus filhos, principalmente na adolescência.

Quando se trata de sexualidade, o caso complica ainda mais, pois falar sobre homossexualidade e assumir esta condição para os pais é um processo que requer tempo e, em alguns casos, os filhos não se sentem tão confortáveis para falar sobre.

No que tange a homossexualidade feminina, o assunto fica ainda mais delicado. Foi o que sentiu na pele Carolina Proença. Hoje com 31 anos, ela conta que nunca foi fácil conversar com os pais sobre sexo e sua sexualidade durante a adolescência. Segundo ela, ainda existe um tabu em falar sobre sexo com meninas, e mais ainda com aquelas que transam com outras.

“É difícil pensar que nós não somos tão abertas como parecemos quando queremos falar sobre nossa sexualidade com nossos pais e também sobre sexo. Ainda vivemos em uma sociedade machista, na qual só se fala a respeito de sexo com os homens, de pais para filhos do gênero masculino, quando se trata de falar sobre meninas que transam com meninas, a coisa muda de figura. Eu tive que buscar orientações fora de casa para entender um pouco mais desse universo”, afirma Carolina.

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De acordo com a ginecologista Albertina Duarte Takiuti, as mulheres se preocupam, sim, com a saúde íntima desde novinhas, pois são levadas muitas vezes pela mãe aos consultórios ginecológicos, mas para falar sobre a primeira menstruação e as mudanças no corpo, mas muitas não se sentem à vontade para falar sobre sexo, e muitas até desconhecem o prazer pelo mesmo. Em outros casos, algumas desconhecem até sobre sua sexualidade.    

Albertina Duarte Takiuti, médica doutora em Ginecologia e Coordenadora do Programa “Saúde da Adolescente”, da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo
(Marcia Barros/Divulgação)

“Pode parecer estranho, mas muitas mulheres não conhecem seu próprio corpo, e o que realmente lhes dá prazer, em alguns casos, a mulher só descobre que sente atração por outra depois de já ter transado com homens, mas no desconforto do sexo, não percebem que o problema não está com o parceiro, mas sim com elas, que não sentem atração pelo sexo oposto”, declara.

A médica ainda relata que muitas mulheres não sabem e desconhecem como é o sexo entre elas e quais os riscos, de acordo com a ginecologista estes assuntos deveriam ser abordados em escolas e pelos próprios pais, e ela ainda esclarece algumas dúvidas e alguns cuidados que devem ser seguidos numa transa entre mulheres.

“Usar camisinha durante o sexo oral é muito importante, não compartilhar objetos (como vibradores) para penetração vaginal ou anal. O ideal é que cada uma tenha o seu. Se por acaso forem compartilhar, é muito importante usar sempre a camisinha no objeto, além de manter as unhas bem aparadas para evitar que se machuquem. Caso tenham mais dúvidas, procurar a ajuda de um médico especialista”, declara Takiuti. 

*conteúdo A Expressão 5

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