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Cúpula do Clima: ONU defende ação imediata dos líderes mundiais

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas (Evan Schneider/ONU/Reprodução)

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu hoje (22), em reunião virtual da Cúpula do Clima, que é preciso mobilizar as lideranças políticas para superar as mudanças climáticas e acabar com a guerra contra a natureza.

“A mãe natureza não está esperando. A última década foi a mais quente já registrada. Gases de efeito estufa perigosos estão em níveis nunca vistos em 3 milhões de anos. As temperaturas globais já subiram 1,2 grau Celsius, chegando a esse limiar da catástrofe”, disse, na cúpula, por videoconferência.

Ele ressaltou que o nível do mar está cada vez mais alto, as temperaturas estão escaldantes, há ciclones tropicais devastadores e incêndios florestais épicos. “Precisamos de um planeta verde, mas o mundo está em alerta vermelho. Estamos à beira do abismo, devemos dar o próximo passo”, ressaltou.

Para Guterres, os líderes mundiais devem construir uma coalizão global para emissões líquidas zero até meados do século, com envolvimento de “todos os países, todas as regiões, todas as cidades, todas as empresas e todos os setores”. “Todos os países, começando com os principais emissores, devem apresentar novas e mais ambiciosas medidas e contribuições para mitigação, adaptação e financiamento, definindo ações e políticas para os próximos 10 anos, alinhadas com as emissões líquidas zero até 2050. Precisamos traduzir esses compromissos em ação imediata concreta”, enfatizou.

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China

O presidente da China, Xi Jinping, disse que o país começará a reduzir o consumo de carvão no período 2026-2030, como parte de seus esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa que causam o aquecimento do clima. A China pretende se tornar neutra em carbono até 2060.

Estados Unidos

O governo do presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, prometeu nesta quinta-feira (22) cortar as emissões de gases de efeito estufa do país entre 50% e 52% até 2030, em comparação com os níveis de 2005. Com a nova meta, espera induzir outros grandes emissores a mostrarem mais ambição no combate à mudança climática.

Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou o compromisso do presidente dos Estados, Joe Biden, um divisor de águas.

“Estou realmente emocionado com o anúncio de mudança de jogo que Joe Biden fez”, disse Johnson, elogiando Biden “por devolver os Estados Unidos à linha de frente da luta contra a mudança climática.”

Nessa terça-feira (21), Johnson disse que a Grã-Bretanha cortaria as emissões de carbono em 78% até 2035, a meta mais ambiciosa de mudança climática do mundo, que colocará o país no caminho para a emissão neutra.

Por Agência Brasil

* Com informações da Reuters

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