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Presidente a Ucrânia fala em risco de uma guerra de grandes proporções

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, alertou que a Rússia poderá dar início a uma guerra de grandes proporções na Europa nos próximos dias, e pediu que Moscou se abstenha de uma ação militar no território ucraniano.

Em pronunciamento à nação nas primeiras horas desta quinta-feira (24/02), Zelensky afirmou que a Rússia já acumula mais de 200 mil soldados na fronteira com a Ucrânia, além de milhares de veículos de combate.

Os temores de uma invasão russa ao território ucraniano aumentaram nos últimos dias, após o presidente russo, Vladimir Putin, reconhecer formalmente a independência de duas “repúblicas” separatistas no leste do país e receber permissão do Parlamento para enviar tropas à região.

Volodimir Zelensky, presidente da Ucrânia (Reprodução)

O líder ucraniano foi enfático ao afirmar que uma invasão ao seu território poderia “marcar o início de uma grande guerra no continente europeu”.

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Zelensky disse que tentou entrar em contato com Putin, mas o líder russo se recusou a atendê-lo. O ucraniano rejeitou as alegações do Kremlin de que seu país representaria alguma ameaça à Rússia, e disse que uma possível invasão iria custar milhares de vidas.

“O povo da Ucrânia e seu governo querem a paz”, afirmou. “Mas, se formos atacados, se enfrentarmos uma tentativa de eliminarem o nosso país, nossa liberdade e as vidas de nossas crianças, vamos nos defender. Quando nos atacarem, verão nossos rostos, não as nossas costas.”

Kiev declarou um estado de emergência de 30 dias, o que permite ao governo adotar medidas excepcionais para reforçar a segurança e o policiamento em todo o território, com a exceção das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk.

Separatistas pedem intervenção de Moscou

O Kremlin informou que os líderes das regiões separatistas pediram assistência militar à Rússia, alegando a necessidade de se defenderem das “agressões” ucranianas. O anúncio exacerbou os temores de que Moscou buscava um pretexto para enviar suas tropas para além da fronteira.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os líderes apelaram a Putin por uma intervenção militar após um ataque ucraniano causar mortes de civis e destruir infraestruturas essenciais nos territórios ocupados.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o pedido dos separatistas é um claro exemplo de uma operação de “bandeira falsa”, através da qual, Moscou tentaria fabricar um motivo para enviar suas tropas para o leste da Ucrânia, algo que os Estados Unidos e seus aliados já vinham alertado há dias.

“Continuaremos a denunciar o que vemos como operações de bandeira falsa ou esforços para disseminar informações falsas sobre o status atual da situação no local”, disse Psaki.

rc (AP, AFP)

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