Mundo

Rebelião no Equador deixa 116 mortos

(Euronews/Reprodução)

Um confronto entre facções rivais numa penitenciária em Guayaquil, no Equador, deixou ao menos 116 mortos e cerca de 80 feridos, afirmou o governo do país nesta quarta-feira (29/09).

Ao menos cinco pessoas foram decapitadas, disseram autoridades. O confronto aconteceu nesta terça-feira, entre prisioneiros armados de grupos rivais, conhecidos como Los Lobos e Los Choneros, ligados ao tráfico internacional de drogas, que disputavam o comando do presídio Número 1, também conhecido como Penitenciária do Litoral.

Além de armas de fogo, foram usadas facas e explosivos. A televisão local mostrou imagens de detentos disparando com armas de fogo a partir das janelas da penitenciária, além de explosões.

A polícia comunicou que retomou o controle sobre a penitenciária depois de cinco horas, numa operação conjunta com militares.

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Estado de exceção

O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, declarou estado de exceção em todo o sistema penitenciário do Equador por um período de 60 dias.

Ele qualificou de “lamentável” e “triste” o resultado do motim de facções rivais de detentos na unidade prisional e disse que nenhum agente penitenciário está entre as vítimas.

“É lamentável que prisões tenham se tornado território de disputas de poder entre gangues de criminosos”, declarou.

Lasso também disse que foi iniciado um processo de coordenação entre diferentes instituições estatais, com o objetivo de recuperar o controle da Penitenciária do Litoral e evitar a repetição desses eventos em qualquer outro centro penitenciário do Equador.

Centro para o tráfico de drogas

A Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) condenou os atos de violência na prisão de Guayaquil e apelou ao governo do país para que investigue o que aconteceu.

A CIDH advertiu que este ano mais de 200 pessoas já morreram em consequência da violência nas prisões do Equador e exortou o Estado equatoriano a investigar os fatos.

Guayaquil é um centro de distribuição de cocaína produzida na América do Sul para os Estados Unidos. No início do mês, a penitenciária Número 4 foi atacada com drones em meio a uma guerra entre cartéis internacionais de drogas. Não houve vítimas.

Por Deutsche Welle
as (Efe, Lusa, AFP, AP)

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