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Uso de máscara ao ar livre deixa de ser obrigatório em Israel

Benjamin Netanyahu, Primeiro-ministro, visita escola em Israel (Kobi Gideon/via Fotos Públicas)

Pela primeira vez em um ano, os israelenses puderam sair às ruas sem máscara neste domingo (18/04) – um passo importante em direção a relativa normalidade em tempos de pandemia, enquanto a vacinação em massa contra a covid-19 avança com rapidez no país.

Cerca de 81% dos cidadãos e residentes com mais de 16 anos já receberam as duas doses do imunizante em Israel – o país autorizou o uso da vacina da Pfizer-Biontech para essa faixa etária. Isso significa que mais da metade de toda a população israelense foi imunizada.

Com o avanço da campanha de vacinação, os números de contágio e hospitalizações caíram drasticamente, permitindo a flexibilização de algumas medidas antipandemia. Na última quinta-feira, o Ministério da Saúde israelense anunciou que o uso de máscaras não seria mais obrigatório em espaços públicos ao ar livre a partir deste domingo, um ano depois de a medida ter sido imposta no país de 9,3 milhões de habitantes.

A pasta reiterou, contudo, que a exigência de proteção facial ainda se aplica a espaços públicos fechados, e pediu aos cidadãos que tenham sempre máscaras à mão.

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“Respirando livremente”, dizia a manchete na capa do jornal Israel Hayom deste domingo.

“Estar sem máscara pela primeira vez em muito tempo parece esquisito. Mas é um esquisito muito bom”, afirmou Amitai Hallgarten, de 19 anos, à agência de notícias Reuters, enquanto pegava sol em um parque. “Se eu preciso usar máscara em lugares fechados para acabar com isso [a pandemia], vou fazer tudo que eu puder.”

A vacinação com as duas doses de quase 5 milhões de pessoas fez com que o número de casos de covid-19 em Israel caísse de cerca de 10.000 novas infecções por dia em meados de janeiro para cerca de 200 casos diários atualmente. Isso permitiu a reabertura de escolas, bares e restaurantes, bem como a permissão de outras reuniões em locais fechados.

Outras medidas

Também neste domingo, Israel permitiu a retomada completa de seu sistema educacional, sem restrições ao número de alunos nas salas de aula. Os professores foram instruídos a continuar ventilando as salas e manter o distanciamento físico entre os alunos durante as aulas e nos intervalos. Atividades extracurriculares, como teatro, permanecem proibidas.

Falando em uma escola de ensino médio em Jerusalém, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que este é um dia de “festa” para as escolas, mas fez um apelo por precaução.

“Ainda não acabamos com o coronavírus. Ele ainda pode voltar”, disse o chefe de governo, destacando que o país ainda precisa realizar “milhões de vacinações”.

O país segue impondo outras restrições contra a covid-19, como a entrada de estrangeiros, que ainda permanece limitada. Israelenses não vacinados que retornam do exterior também precisam fazer quarentena, devido a temores de que novas variantes do vírus prejudiquem a vacinação.

O Ministério da Saúde israelense informou ter identificado no país sete casos de uma nova variante originária da Índia, cujo poder de contágio ainda está sendo avaliado.

Situação é outra para os palestinos

A situação em Israel contrasta fortemente com o que se observa na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, onde as taxas de infecção permanecem altas e as imunizações são baixas.

Gaza, que é governada pelo movimento islâmico Hamas, disse neste domingo que registrou um recorde de 23 mortes ligadas ao coronavírus nas últimas 24 horas, somando agora 761 óbitos desde o início da pandemia.

Grupos de direitos humanos pediram a Israel que fornecesse vacinas aos 5,2 milhões de palestinos que vivem em Gaza e na Cisjordânia ocupada, mas o governo israelense argumenta que isso é responsabilidade da Autoridade Nacional Palestina.

O país, por outro lado, diz ter vacinado mais de 105 mil trabalhadores palestinos que possuem permissão para trabalhar em Israel e nos assentamentos.

Por Deutsche Welle

ek (AFP, Reuters, Efe)

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