Por Alex Rodrigues

- Santos e Inter estreiam com derrota na LibertadoresPeixe cai na Vila para Barcelona do Equador e Colorado perde em La Paz
- Policial que matou George Floyd é considerado culpadoMorte de Floyd se tornou marco na luta contra violência da polícia e o racismo
- Expectativa de vida cai no Estado por causa da pandemiaQueda representa um atraso de sete anos para os paulistas
- Jatinho cai perto da pista do aeroporto da PampulhaAeronave estava com dois pilotos e um passageiro a bordo
- EUA desaconselham viagens a 80% dos países do mundoPaís já restringia viagens ao Brasil, além de outros 33 países
A empresa estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) informou hoje (10) que, até o momento, nenhum de seus clientes ou subsidiárias relatou a ocorrência de vazamento de petróleo de origem venezuelana próximo à costa brasileira.
Em nota divulgada esta manhã, a petrolífera afirma não haver evidências de derramamentos de óleo nos campos de petróleo da Venezuela que possam ter atingido a região Nordeste, causando danos ao ecossistema marinho brasileiro.
“Reiteramos que não recebemos nenhum relatório no qual nossos clientes e/ou subsidiárias relatam uma possível avaria ou vazamento nas proximidades da costa brasileira, cuja distância com nossas instalações de petróleo é de aproximadamente 6.650 km, via marítima”, sustenta a PDVSA.
Também hoje (10), o ministro do Petróleo da Venezuela, Manuel Quevedo, descartou a hipótese de que a PDVSA ou o Estado venezuelano tenham qualquer responsabilidade pelo petróleo que atinge a costa brasileira.
Em Brasília, durante reunião ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) realizada hoje, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, reafirmou que as autoridades brasileiras ainda desconhecem a origem do óleo, embora, segundo ele, o resultado das análises técnicas realizadas pela Petrobras apontem a “compatibilidade” entre o resíduo recolhido no litoral nordestino e o óleo venezuelano.
“A Marinha identificou todos os barcos que trafegaram pela costa brasileira e está investigando para saber qual é o possível barco [que pode ter derramado o óleo no mar]”, comentou o ministro, mencionando uma das três principais hipóteses para explicar a origem da substância: um vazamento acidental em alguma embarcação ainda não identificada; um derramamento criminoso do material por motivos desconhecidos ou a eventual limpeza do porão de um navio.
“O que sabemos é que o óleo não é brasileiro. E que a comparação das amostras é compatível com um derramamento de óleo venezuelano que houve no passado. Ou seja, tudo indica que é óleo venezuelano. Como este óleo chegou a nossa costa é a grande investigação”, disse Salles, referindo-se as apurações a cargo da Polícia Federal (PF), da Marinha e de órgãos ambientais.
Em nota enviada à Agência Brasil, o Ministério do Meio Ambiente esclarece que a indicação de origem venezuelana do petróleo se baseia em análise laboratorial. O ministério, no entanto, esclarece que nenhuma autoridade ou funcionário público afirmou que o caso seja de responsabilidade do Estado venezuelano ou da PDVSA.
“A hipótese aventada é que pode ter sido derramado a partir de navios que trafegaram ao longo da costa brasileira, e não necessariamente de campos do governo ditatorial venezuelano”, informa a pasta.