Polícia

Quadrilha aterroriza e furta banco em Ourinhos, SP

Criminosos usaram fuzis, metralhadoras e granadas no roubo, finalizado com refém feito de escudo humano

Grupo fez refém de escudo humano (à esq.) para fugir da cidade | Foto: Arquivo/Ponte

Ao menos 40 ladrões armados de fuzis e metralhadoras explodiram a única agência do Banco do Brasil em Ourinhos, cidade no interior de São Paulo, a 370 km da capital, na madrugada deste sábado (2/5). O bando fugiu levando dinheiro dos caixas eletrônicos. A quantia roubada não foi divulgada.

população acordou assustada com a saraivada de balas. Eram 2h. Os criminosos, encapuzados, chegaram em dez veículos. Eles atiravam para o alto para intimidar moradores e policiais militares. Bases da PM acabaram cercadas e foram alvos de disparos. Vizinhos da agência filmaram a ação.

Os assaltantes fizeram seis reféns. Uma pessoa foi baleada na perna, mas, segundo a Polícia Civil, ela foi socorrida num hospital da cidade e não corre riscos.

A quadrilha era bem organizada. Além das armas de grosso calibre – uma delas metralhadora ponto 50, capaz de derrubar até helicóptero –, os criminosos também utilizaram granadas, coletes à prova de bala e um drone para monitorar a chegada de policiais militares.

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Mesmo assim, segundo a Polícia Civil, houve confronto entre ladrões e PMs. Os criminosos fugiram em direção ao Paraná. Um dos reféns foi colocado em cima de um veículo da quadrilha. A vítima foi usada como escudo para por fim ao tiroteio. Minutos depois ela foi liberada.

Os ladrões deixaram para trás três granadas: uma ficou dentro da agência bancária, outra na rua da instituição financeira e a terceira foi colocada em frente ao batalhão da Polícia Militar.

Homens do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), unidade de elite da Polícia Militar, especializada em explosivos, foram acionados para desarmar os artefatos.

Até às 13h deste sábado, nenhum criminoso havia sido preso. O roubo em Ourinhos foi semelhante a outro realizado em Botucatu, também no interior do estado, em dezembro do ano passado, quando um bando atacou a agência da Caixa Econômica Federal.

Na ocasião, os ladrões encapuzados também usaram armas de grosso calibre, explosivos e diversos veículos. As ruas nas proximidades do banco foram bloqueadas pela quadrilha. 

Na fuga, eles usaram “miguelitos”, espécie de pregos de ferro entrelaçados utilizados para furar pneus, evitando assim uma possível perseguição policial.

A Polícia Civil investiga se esses dois assaltos foram feitos pela mesma quadrilha e se os criminosos têm alguma ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Por Josmar Jozino – Repórter da Ponte

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