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Protestos em Hong Kong levam ao cancelamento de voos

Por RTP

Pessoas sentadas no saguão do aeroporto, em Hong Kong (Global News/Reprodução)

Durante mais um protesto no fim de semana, a polícia de Hong Kong voltou a disparar granadas de gás lacrimogêneo sobre os manifestantes. Os confrontos aumentaram nesse domingo (11), depois de as forças policiais começarem a disparar dentro de estações de metrô e em vários bairros da cidade. Os protestos estenderam-se ao Aeroporto Internacional de Hong Kong, levando ao cancelamento de todos os voos nesta segunda-feira (12).

É a décima semana consecutiva de protestos em Hong Kong, e os confrontos violentos entre polícias e manifestantes continuam. Nesse fim de semana, de forma a dispersar e a expulsar os manifestantes das ruas da cidade, a polícia mudou de estratégia e dirigiu-se a bairros, a estabelecimentos e a uma estação de metrô para enfrentar a multidão em protesto.

A polícia lançou gás lacrimogêneo e tentou dispersar os manifestantes dentro de espaços fechados, o que não tinha acontecido nos protestos das últimas semanas.

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Em um vídeo, divulgado pela Hong Kong Free Press, vê-se o interior de uma estação de metrô submersa numa nuvem de gás e alguns militares a bater em manifestantes com cassetetes. Além dos confrontos entre policiais e manifestantes, o vídeo mostra disparos sobre a população de projéteis não letais.

Nas redes sociais também são várias as imagens que mostram a violência dos confrontos.

Ainda nas manifestações deste fim de semana, alguns militares infiltraram-se na multidão, sem uniforme, e começaram a prender participantes.

Hoje, os manifestantes invadiram o Aeroporto Internacional de Hong Kong, marcando assim o quarto dia consecutivo de protestos no centro da ilha de Lantau. Todos os voos com partida prevista de Hong Kong nesta segunda-feira foram cancelados, assim como alguns que teriam a cidade como destino.

Os protestos começaram há dois meses e estão se tornando cada vez mais violentos. As manifestações começaram em oposição a uma proposta de lei de extradição, que permitiria que suspeitos de crimes fossem mandados para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental. Mas os protestos evoluíram em favor de maior democracia em Hong Kong.

Desde que os protestos começaram, as autoridades já prenderam mais de 600 pessoas.

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*Emissora pública de televisão de Portugal

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