Capital

Caminhada e festival celebram Dia da Visibilidade Trans

Por Camila Maciel

(Governo do Estado de SP/Reprodução)

Em comemoração ao Dia da Visibilidade Trans (29 de janeiro), a capital paulista terá programação especial neste sábado (2). A partir das 13h, a Rua Líbero Badaró, na Sé, será o ponto de concentração para a 4ª Caminhada pela Paz, que neste ano tem como tema “Travestis e transexuais: nossas vidas importam”. Por volta das 16h30, no Largo do Arouche, terá início o 1º Festival de Arte e Cultura de Travestis e Transexuais de São Paulo (Festrans).

As atividades, além de promover o empoderamento e a visibilidade trans, chamam atenção para os frequentes casos de violência envolvendo esta população. De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2018 foram contabilizados 163 assassinatos de travestis ou transexuais. O dossiê organizado pela entidade mostra que apenas 15 casos tiveram os suspeitos presos, o que representa 9% dos casos.



A data – 29 de janeiro – foi escolhida como referência em 2004, quando um grupo de 27 travestis, mulheres transexuais e homens trans entraram no Congresso Nacional, em Brasília, para lançar a campanha “Travesti e Respeito”, promovida pelo Ministério da Saúde. A ideia era destacar a importância do respeito à diversidade. De acordo com a prefeitura, esta foi a primeira campanha nacional idealizada e organizada pelas próprias trans. Desde então a data é lembrada.

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Em São Paulo, a data entrou para o calendário de eventos da cidade em 2018 por meio do Decreto 58.227, que também institucionalizou o Programa Transcidadania. A iniciativa faz parte do trabalho da Coordenação de Políticas para LGBTI, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), em parceria com organizações não governamentais, associações, instituições e ativistas.

O preconceito faz com que esta população enfrente diariamente “a invisibilidade e o preconceito”. “Tais fatores provocam reação em cadeia, levando à evasão escolar, à dificuldade de ingressar no mercado de trabalho, e à prostituição como única alternativa possível de renda. Enquanto a expectativa de vida para a população no Brasil é de, em média, 75 anos, no caso da população trans essa média cai para menos da metade – 35 anos”, aponta o governo municipal.

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