Saúde

Alzheimer: Cientistas brasileiros identificam células cerebrais mais vulneráveis

(Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Um estudo inédito sobre a vulnerabilidade seletiva no nível dos neurônios individuais e com o mapeamento das primeiras células acometidas pela doença de Alzheimer foi publicado na revista científica Nature Neuroscience, no dia 27 de janeiro de 2021, com o título “Markers of vulnerable neurons identified in Alzheimer disease”. O trabalho foi realizado por um grupo de pesquisadores, composto por cinco brasileiros da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em parceria com cientistas da University of California San Francisco (UCSF), dos Estados Unidos.

A autora-sênior, Profa. Lea Tenenholz Grinberg, do Departamento de Patologia da FMUSP e associada ao Departamento de Neurologia da UCSF, diz que “alguns neurônios sucumbem à doença anos antes dos primeiros sintomas aparecerem, enquanto outros parecem impermeáveis à degeneração que as cerca e perduram até os estágios finais da doença. Tornou-se uma questão premente para nós entender os fatores específicos que tornam algumas células seletivamente vulneráveis à patologia de Alzheimer, enquanto outras se mostram capazes de resistir a ela por anos”.

“A crença inicial era que, uma vez que essas proteínas tóxicas associadas à doença de Alzheimer se acumulam em algum neurônio, é sempre ‘fim de jogo’ para a célula, mas nosso laboratório tem descoberto que esse não é o caso”, afirmou a Profa. Lea T. Grinberg.

Durante a pesquisa foram estudados tecidos cerebrais de pessoas que morreram em diferentes estágios da doença de Alzheimer, obtidos no Biobanco para Estudos do Envelhecimento da FMUSP e no Banco de Cérebro de Doenças Neurodegenerativas da UCSF com técnicas de análise de RNA nuclear e neuropatologia quantitativa.

Siga nosso canal no Whatsapp

“As descobertas sustentam a ideia de que o acúmulo de proteína é um impulsionador crítico de neurodegeneração, mas nem todas as células são igualmente suscetíveis. Planejamos continuar estudando os fatores de vulnerabilidade seletiva, uma abordagem nova que pode direcionar para o desenvolvimento de terapias para retardar ou prevenir a propagação do Alzheimer”, explica a Profa. Lea T. Grinberg.

Por Gov. do Estado de SP

Leia o artigo na íntegra publicado pela Nature Neuroscience em https://www.nature.com/articles/s41593-020-00764-7

0 0 votes
Avaliar artigo
Se inscrever
Notificar de
Os comentários são de responsabilidades de seus autores e não representa a opinião deste site.

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Mais artigos desta categoria

Botão Voltar ao topo
0
Está gostando do conteúdo? Comente!x
Fechar

Bloqueador de anúncios

Não bloqueie os anúncios