Câncer de próstata mata um homem a cada 38 minutos
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O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). As estatísticas mostram que, no Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido à doença e as maiores vítimas são de pacientes a partir dos 50 anos, que tenham a presença da doença em parentes de primeiro grau (pai, irmão ou filho).
Como parte das ações de prevenção do Novembro Azul, o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) promoveu o evento ‘Saúde em Pauta’, com foco na importância dos cuidados com a saúde do homem. Foram discutidos temas como: o que é o câncer de próstata e como ele surge, os fatores de risco, a importância de se fazer exames de rotina, a prevenção e o tratamento, o apoio da família e, principalmente, a quebra de paradigmas e o preconceito.
De acordo com Andrea Maria Marini, oncologista clínica do Grupo, por puro preconceito parte dos homens deixa de fazer o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula.
“A única forma de garantir a cura de qualquer tipo de câncer é o diagnóstico precoce, com o de próstata isso não é diferente. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos devem procurar o médico especialista para fazer os exames. Em muitos casos apenas com o toque retal, ao perceber alterações da glândula, como endurecimento ou presença de nódulos suspeitos, já é possível diagnosticar a doença”, declarou Marini.
Durante o bate-papo que reuniu beneficiários, médicos especialistas e a equipe multidisciplinar do Grupo NotreDame Intermédica onde foram discutidas experiências e, acima de tudo, foram compartilhados conhecimentos para conscientizar os homens e alertar quanto aos paradigmas que podem colocar em risco suas vidas.
“Muitos homens nem sabem, mas o câncer de próstata no início não apresenta sintomas e o que mais complica é que, quando eles aparecem, cerca de 90% dos tumores já estão em fase avançada, o que dificulta a cura. Então, é preciso ficar atento a dores ao urinar, à frequência com que se vai ao banheiro ou a presença de sangue na urina ou no sêmen”, explicou.
Fatores de risco como a obesidade também podem contribuir para o surgimento da doença. Outro fator importante é o paciente saber se tem histórico familiar de câncer de próstata como- pai, irmão ou um tio. Uma curiosidade, já identificada e comprovada, é que a doença acomete mais os homens de pele negra.
“O apoio da família pode fazer muita diferença na hora de fazer o tratamento e os homens precisam parar com esse pensamento de não ficar doentes, ou muitas vezes de relacionar os cuidados preventivos a redução ou perda da autonomia”, finalizou Gisele Mendes de Carvalho, psicóloga do setor de oncologia.
Participante do evento, o metalúrgico aposentado José Bispo de Lima, de 65 anos, descobriu a doença há cinco anos, e conta que o apoio da família foi primordial quando recebeu o diagnóstico. Já curado da doença e de sorriso largo, sabe que o melhor remédio ainda é a prevenção, e faz questão de conversar de maneira aberta e sem preconceito com filhos e amigos.
“Digo que, quando a pessoa não conhece a importância da vida, você não ama nada. A partir do momento em que descobre uma doença que pode tirar a sua vida, você passa a dar mais valor a ela. Então, hoje falo com todos para procurar o médico periodicamente, pois as aparências enganam. Você acha que está bem, mas pode não estar”, declarou José Bispo.
Compartilhando e incentivando hábitos saudáveis
O Grupo NotreDame Intermédica mantém em seu canal no YouTube diversos vídeos com dicas e orientações valiosas que visam melhorar a qualidade de vida e auxiliar na prevenção de riscos e doenças da população em geral, além de campanhas e vídeos institucionais.