Revogada prisão contra ex-presidente do Paraguai
Por André Richter
- Osasco tem novo acesso pela Castello BrancoViaduto foi construído pela concessionária que opera a rodovia
- Quem era Raisi, presidente do Irã morto em acidente de helicópteroEbrahim Raisi voltava de um evento político quando houve o acidente
- Helicóptero com presidente do Irã cai em montanhas após viagem ao AzerbaijãoPelo menos 40 equipes de resgate e socorristas foram enviadas para buscas das vítimas na região
- Motoristas enfrentam congestionamento na rodovia dos ImigrantesIntenso fluxo de veículos gera quilômetros de congestionamento no retorno à capital paulista neste domingo (19)
- Roque, assistente de palco de Silvio Santos, é internado após AVCO assistente de palco do SBT, enfrenta um grave problema de saúde e foi hospitalizado em Jundiaí
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti revogou hoje (29) o mandado de prisão expedido contra o ex-presidente do Paraguai Horácio Cartes. Ele é investigado na Operação Patrón, desdobramento da Operação Lava Jato, por corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, em esquema envolvendo o doleiro Dario Messer, preso em julho deste ano. O ex-presidente não chegou a ser preso porque está no Paraguai, onde é senador.
De acordo com as investigações, mensagens de WhatsApp atestaram o auxílio de autoridades paraguaias e de outros cidadãos para Messer ficar foragido ora no Paraguai, ora no Brasil. Por esses dados constatou-se que a organização criminosa disponibilizou pelo menos US$ 2,5 milhões a Messer. As apurações revelaram que Cartes teria enviado US$ 500 mil para o doleiro, a quem se referiu como “hermano de alma”, após sua fuga para o país que ele governava até agosto do ano passado, acusa o Ministério Público Federal (MPF).
Ao analisar um habeas corpus protocolado pela defesa, o ministro entendeu que a suposta entrega de US$ 500 mil que Cartes teria feito ao doleiro não é indício unicamente suficiente de que o ex-presidente teria cometido crime de lavagem de dinheiro. A suposta entrega foi um dos argumentos utilizados pelo juiz federal Marcelo Bretas para decretar a prisão.
“Não está claro, a partir da leitura do édito prisional, se o numerário pertencia ao paciente ou a Dario Messer. Também não se pode apontar, com segurança, a finalidade da ajuda. Nada indica que Horácio entregou o dinheiro com o conhecimento de que, tempos depois, os ativos seriam enviados ao Brasil, como parte de atividades para encobrir o patrimônio de Dario Messer ou para patrocinar supostas operações ilícitas”, disse o ministro.
A defesa do ex-presidente argumentou no pedido de soltura que não há provas de nenhum ilícito cometido por Cartes e que o mandado de prisão era ilegal.