Justiça

Valdemar Costa Neto deixa a prisão após decisão de Moraes

O presidente do PL foi solto neste sábado após ser preso em flagrante por posse ilegal de arma e usurpação mineral na quinta-feira.

O presidente do PL foi solto neste sábado após ser preso em flagrante por posse ilegal de arma e usurpação mineral na quinta-feira(Marcello Casal Jr – Agência Brasil)

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi solto na noite deste sábado (10) após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes conceder liberdade provisória ao político. Valdemar havia sido preso em flagrante na quinta-feira (8) durante uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado articulada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Na casa de Valdemar, a PF encontrou uma arma de fogo com registro vencido e uma pepita de ouro sem documentação, o que configurou os crimes de posse ilegal de arma e usurpação mineral. Na sexta-feira (9), Moraes havia convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, que não tem prazo determinado para acabar. No entanto, neste sábado (10), o ministro mudou de entendimento e decidiu pela soltura de Valdemar, levando em conta a idade do político, de 74 anos, e a ausência de violência ou grave ameaça nos crimes cometidos.

Moraes manteve algumas medidas cautelares para Valdemar, como a proibição de manter contato com os demais investigados, inclusive por meio de advogados, e a proibição de se ausentar do país. Caso descumpra as medidas, Valdemar poderá voltar para a prisão, segundo o ministro.

Valdemar é considerado pela PF como o “principal fiador dos questionamentos” ao sistema eleitoral apresentados pela coligação de Bolsonaro após o resultado das eleições de 2022, que deram a vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O PL, partido de Bolsonaro, foi o responsável por entrar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar anular os votos de 279,3 mil urnas eletrônicas, alegando que houve “mau funcionamento” do sistema. A ação foi rejeitada pelo TSE, que multou o partido por “má-fé”.

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A operação da PF teve como alvo de busca e apreensão também o ex-presidente Bolsonaro e alguns de seus auxiliares próximos e militares. A PF investiga um esquema que teria sido montado para tentar dar um golpe de Estado e evitar a saída de Bolsonaro do poder. A PF apreendeu uma gravação de uma reunião ministerial em que Bolsonaro admite que deve perder as eleições e que era preciso tomar atitudes para evitar a derrota. Um de seus principais auxiliares, o general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), propõe “virar a mesa” antes das eleições.

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