‘Fronteira’ faz temporada no Sesc Pinheiros
- Licitação para privatização de linhas da CPTM é autorizada pelo governo de São PauloGoverno de São Paulo autoriza licitação para concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM ao setor privado por 25 anos.
- Inquérito da PF contra Bolsonaro segue para a PGR; decisão pode ocorrer em 2025Ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36 indiciados serão avaliados pela Procuradoria-Geral da República; Mauro Cid mantém delação premiada.
- 4 aperitivos para esperar a ceia de natalInove com receitinhas fáceis para tornar a ceia de natal mais saborosa
- Quatro em cada dez jovens negros já foram excluídos no trabalhoPesquisa mostra que quase 40% não tiveram crédito por suas ideias
- Abaixo-assinado mobiliza sociedade contra venda de fazenda de pesquisa do IACDocumento, que defende a preservação do patrimônio científico, está aberto à assinatura
Duas mulheres, interpretadas por Tathiana Botth e Thaís Rossi, estão em uma zona fronteiriça e vivem um dilema: enquanto uma quer cruzar para o outro lado, a outra controla a passagem das pessoas entre os dois territórios. Esta é a premissa de “Fronteira”, o novo espetáculo da Companhia Elevador de Teatro Panorâmico, que fica em cartaz no auditório do Sesc Pinheiros entre 8 de agosto e 7 de setembro.
Com esta peça, o grupo expande a pesquisa sobre deslocamentos humanos iniciada em “Diásporas”, espetáculo de 2017, com 45 atores em cena, que abordava o tema sob um ponto de vista macro. Agora, a ideia é tratar dessa temática a partir da relação entre apenas duas personagens, investigando os múltiplos significados implícitos no conceito de “fronteira”.
“Geralmente, discutimos essa noção sob uma ótica negativa evocada pela geopolítica, como algo que separa as pessoas e limita a sua liberdade de ir e vir. No entanto, também é possível interpretá-la como algo capaz de preservar a diversidade, uma vez que um indivíduo só existe diante da presença do outro. Se eliminássemos completamente as barreiras e diferenças entre as pessoas, correríamos o risco de uma grande padronização de costumes e modos de vida – o aspecto crítico da globalização. De certa maneira, se preservássemos algumas fronteiras, sem limitar a liberdade, os indivíduos manteriam suas identidades e conseguiriam dialogar e fazer trocas genuínas entre si”, comenta o diretor Marcelo Lazzaratto.
A dramaturgia da premiada Carla Kinzo apresenta o cotidiano dessas figuras sem nome, presas a um presente imutável, reforçado por uma burocracia paralisante. Sobreviventes em meio a um território em ruínas, elas precisam uma da outra para ressignificar essa nova realidade, sem deixar ruir a fronteira interpessoal que existe.
A direção, o cenário e a iluminação de Marcelo Lazzaratto contribuem para intensificar a noção de fronteira, que pode ser geográfica, política, psíquica, identitária, material, entre outras. Toda ação acontece em um tablado de 4mx3,5mx10cm, localizado no centro do palco. Somente ali, naquele espaço diminuto, as moças existem. E nesse lugar, questões como a necessidade de afeto, a ficção como possibilidade de sobrevivência e a solidão de um lugar sem identidade descortinam-se lentamente.
Companhia
Ao longo dos 19 anos de trajetória de investigação, a Cia. Elevador de Teatro Panorâmico desenvolveu um repertório de 14 espetáculos, todos dirigidos por Marcelo Lazzaratto, que participaram e foram premiados em diversos festivais e prêmios, além de oficinas, cursos, encontros, seminários, workshops, mostras. Hoje a Cia. Elevador é constituída por quatro atores/atrizes (Pedro Haddad, Rodrigo Spina, Tathiana Botth e Thaís Rossi) e seu diretor artístico, Marcelo Lazzaratto. Entre os apoios e incentivos obtidos estão:
Parceria com o Instituto Goethe de São Paulo para a realização do espetáculo “A Hora Em Que Não Sabíamos Nada Uns Dos Outros”, de Peter Handke em 2002. Patrocínio exclusivo do Banco do Brasil para a montagem do Espetáculo “Peça de Elevador”, de
Cássio Pires, em 2006, comemorando cinco anos de criação da Cia. Parceria com o Consulado geral da França para a montagem do espetáculo “Eu Estava Em Minha Casa e Esperava Que a Chuva Chegasse” de Jean Luc-Lagarce. Prefeitura da Cidade de São Paulo por meio da Lei de Fomento ao Teatro em quatro edições, durante os anos de 2006/2007; 2009/2010 e 2011/2012; 2016/2017.
Serviço
‘Fronteira’, de Carla Kinzo
- Temporada: de 8 de agosto a 7 de setembro, de quinta a sábado, às 20h30, e no feriado, às 18h
- Local: Auditório (3º Andar)
- Duração: 55 minutos
- Classificação: 12 anos
- Ingresso: R$ 25 (inteira), R$ 12,50 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante) e R$ 7,50 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculados no Sesc e dependentes/Credencial Plena)
- Sesc Pinheiros
Endereço: Rua Paes Leme, 195Bilheteria: Terça a sábado das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10 às 18h
Tel.: 11 3095.9400
Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 21h30; Sábado, das 10h às 21h30; domingo e feriado, das 10h às 18h30. Taxas / veículos e motos: para atividades no Teatro Paulo Autran, preço único: R$ 12 (credencial plena do Sesc) e R$ 18 (não credenciados).Transporte Público: Metrô Faria Lima – 500m / Estação Pinheiros – 800m