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Promotoria critica fuga de ex-presidente da nissan Motor

Por NHK

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Carlos Ghosn durante palestra (Arquivo/NHK/Reprodução)


A promotoria de Tóquio emitiu uma declaração criticando o ex-presidente da Nissan Motor, Carlos Ghosn, por ele ter saído do Japão sem permissão.

O vice-presidente do escritório distrital da promotoria pública de Tóquio, Takahiro Saito, emitiu a declaração no domingo (5), fazendo uma rara crítica a um suspeito de um crime.

Ghosn deixou o Japão em segredo e foi para o Líbano há uma semana, enquanto se encontrava sob liberdade condicional e proibido de viajar para o exterior.

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A declaração diz que a fuga de Ghosn sem seguir os procedimentos legítimos desafia o sistema legal japonês e pode constituir um crime.

O documento critica Ghosn por quebrar sua promessa de comparecer a um julgamento num tribunal, dizendo que ele apenas tentou fugir da punição que receberia por seus próprios crimes, e que tal ato jamais poderá ser justificado.

Fuga escondido em Caixas

Segundo algumas fontes não identificadas, funcionários do Aeroporto Internacional de Kansai não realizaram testes de raio-X antes do embarque de caixas de grande porte no jato particular que teria levado Carlos Ghosn, o ex-presidente da Nissan Motor, para a Turquia.

As mesmas fontes dizem que funcionários do aeroporto admitiram não ter realizado os testes porque as caixas eram grandes demais para passar pela máquina de raio-X.

As caixas teriam mais de um metro de altura. A polícia suspeita que Ghosn teria se escondido numa delas e saído ilegalmente do Japão no jato particular.

As fontes disseram ainda que funcionários de aeroportos muitas vezes não fazem testes de raio-X de bagagem em jatos particulares seguindo ordens das operadoras ou dos pilotos desses jatos.

Uma câmera de segurança mostrou Ghosn deixando a residência determinada pelo tribunal em Tóquio por volta do meio-dia de 29 de dezembro. O avião decolou do aeroporto de Kansai pouco depois das 11 da noite do mesmo dia, rumo a Istambul, e Ghosn desembarcou no Líbano no dia seguinte, 30 de dezembro.

Ghosn havia sido proibido de viajar ao exterior como uma das condições da liberdade condicional que recebeu em abril. Ghosn tinha sido acusado de má conduta financeira pela promotoria de Tóquio.

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