Novo complexo amplia coleta e tratamento de esgoto
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O governador de São Paulo, João Doria, entregou hoje (4) as obras que ampliam a coleta e o tratamento de esgoto nas zonas central e do centro expandido da capital paulista. O complexo conta com o Interceptor Tietê 7 (ITi-7) – um túnel construído sob a pista da Marginal Tietê –, a Estação Elevatória de Esgoto Piqueri, o novo Coletor-Tronco Anhangabaú e o Interceptor Tamanduateí (ITa-1J).
Com um orçamento de R$ 390 milhões, o empreendimento deve beneficiar cerca de 2,2 milhões de pessoas, especialmente o grupo que trabalha ou reside na área abrangida, que totaliza mais de 350 mil. A estrutura construída engloba 16 bairros, cruzando o bairro de Vila Buarque até as proximidades do Parque Zoológico de São Paulo.
O Coletor-Tronco Anhangabaú e o Interceptor Tamanduateí recolhem o esgoto, transferindo o volume para o ITi-7, que tem 7,5 quilômetros de extensão. Na sequência, a substância é conduzida até a Estação Elevatória Piqueri, de onde é bombeada para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Barueri. O sistema tem capacidade para bombear até 4 mil litros de esgoto por segundo.
Despoluição
Ao lançar o complexo, Doria afirmou que ele vai contribuir para a despoluição do Rio Tietê, que corta o estado de leste a oeste. “Ou seja, mais coleta, menos dejeto, menos poluição no Rio Tietê”, disse.
O governador reiterou ainda uma promessa feita durante sua campanha: a de que promete concluir, até dezembro de 2022, o projeto de despoluição do Rio Pinheiros. Segundo ele, já foi preparado um cronograma para cumprimento da meta.
“Está mantido o cronograma para a entrega, até dezembro de 2022, fo Rio Pinheiros limpo, em condições adequadas e no padrão internacional de um rio considerado limpo. Evidentemente que o Rio Pinheiros não será um rio para nadar ou usufruir dentro do rio, mas, como o Sena [da França] ou o Tâmisa [da Inglaterra], será um rio inodor, sem nenhum cheiro, odor, e sem nenhum lixo de superfície e com vida dentro.” Doria acrescentou que o prazo poderá ser estendido, caso haja alguma “intempérie do ponto de vista judicial” ou contestação do Ministério Público.
“Até 2028, é a nossa expectativa para despoluição do Rio Tietê, dentro do mesmo propósito e do mesmo pilar: se não tivermos nenhuma intercorrência de ordem judicial, principalmente, que sempre retarda o processo”, acrescentou o governador.
Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil