São Paulo

Com piora nos índices, cidades voltam a fechar comércio

Após piora em indicadores relacionados ao número de casos confirmados, óbitos e internações por coronavírus, as regiões de Barretos, Presidente Prudente e Ribeirão Preto, no interior paulista, vão precisar fechar seus comércios novamente a partir de segunda-feira (15).ebc

presidente prudente
Região de Presidente Prudentes está entre as cidades que recuaram (Pref. de Presidente Prudente/Reprodução)

Essas regiões foram reclassificadas pelo governo paulista e agora entrarão na fase vermelha, a fase 1, de maior restrição de atividades. Ou seja, terão que manter a quarentena, na qual somente serviços considerados essenciais, como de logística, saúde, segurança e abastecimento, poderão funcionar. O governo de São Paulo prolongou o período de quarentena no estado até o dia 28 de junho.

As regiões de Barretos e de Presidente Prudente estavam na fase 3, amarela, chamada de flexibilização, e podiam autorizar até mesmo o funcionamento de salões de beleza e de bares e restaurantes. Já a região de Ribeirão Preto estava na fase 2, laranja, chamada de fase de controle, onde pode reabrir shoppings, comércio de rua, imobiliárias e concessionárias, desde que com limite de quatro horas de funcionamento e limite de 20% do total do público.

Já as cidades compreendidas na região metropolitana do estado, na Baixada Santista e na região de Registro vão passar da fase vermelha (mais crítica) para a laranja (fase de contenção, com menos restrições).

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As regiões de Bauru e Araraquara/São Carlos, que estavam na fase amarela ou fase 3, também tiveram que recuar um nível e se encontram agora na fase 2, laranja.

plano são paulo junho
Níveis de restrição de atividades por região de 1 a 14 de junho – Governo do Estado de São Paulo
Níveis de restrições de atividades por região a partir de 15 de junho.
Níveis de restrição de atividades por região a partir de 15 de junho. – Governo de São Paulo

Etapas

O governo paulista definiu cinco fases no Plano São Paulo, que prevê a retomada gradual e regionalizada da atividade econômica do estado. As fases do programa vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).

A capital paulista e as regiões de Araçatuba, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté, que estavam na fase 2 de retomada restrita desde o início do mês, mantiveram estabilidade na maioria dos índices. Todas elas vão permanecer na mesma classificação até a próxima atualização de painel do Plano São Paulo, prevista para o próximo dia 17 de junho.

A cada 14 dias, o Plano São Paulo reestuda cada uma das regiões para analisar em que fase elas se encontram, levando em consideração os dados obtidos na última semana, na comparação com a semana anterior. Para determinar em que fase está cada região do estado  paulista, o Plano analisa cinco indicadores: a taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) e quantidade de leitos de UTI a cada 100 mil habitantes, além do número de casos, do número de óbitos e do número de internações registrados nos últimos sete dias. Os anúncios são dados sempre às quartas-feiras, a cada 15 dias. E começam a valer na segunda-feira seguinte.

Se houver melhora nos indicadores, a região sobe de nível, por exemplo. Mas se ocorrer piora, ela pode regredir de fase. Com as mudanças anunciadas hoje (10) pelo governo paulista, nenhuma região do estado conseguiu chegar à fase 3.

Estado

Segundo o governo, o estado paulista vem melhorando seus índices. A média estadual dos últimos sete dias mostrou redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva destinados para o tratamento de coronavírus, que passou de 72,6% para 69,1%, além de aumento na média de vagas por cem mil habitantes de 15,4 para 18,1. No mesmo período, o total de casos e de mortes teve quedas reduzidas, de 1% e 3% respectivamente, mas as internações pela doença subiram em 7%.

O governo vem observando que a contaminação está muito mais acelerada no interior do que na capital. “Há uma tendência em todo o interior de evolução da pandemia e o momento de controle, ao mesmo tempo que na Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Vale do Ribeira a gente registra essa desaceleração”, disse Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional.

O Plano São Paulo pode ser consultado no site. Já o documento com o resumo do painel atualizado do Plano São Paulo para todas as regiões do estado pode ser consultado na página do governo.

Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil 

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