Com queda no movimento, pista de Congonhas será reformada
A pista principal do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, será fechada para reforma a partir de dia 5 de agosto, com previsão de reabertura em 5 de setembro. Nesse período, o aeroporto vai operar por meio de sua pista auxiliar, com restrições.
As obras de recuperação do pavimento asfáltico que serão feitas na pista principal custarão R$ 11,5 milhões. Será aplicado um revestimento de alta tecnologia na pista, chamado de camada superficial porosa de atrito (CPA). Os trabalhos incluem também serviços de fresagem do revestimento asfáltico existente, execução de camada estrutural de concreto asfáltico com grooving(ranhuras) na área das cabeceiras.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o novo piso irá proporcionar, entre outros benefícios, melhoria da capacidade de drenagem da pista, aumento da aderência do pneu da aeronave ao pavimento, e redução da possibilidade de aquaplanagem (derrapagem em razão de água no solo).
A pista principal do Aeroporto de Congonhas tem 1.940 metros de comprimento, 45 metros de largura e suporta aviões até categoria 4C, que englobam as principais aeronaves usadas pelas companhias aéreas brasileiras, como Boeing 737-800, Airbus A320 e Embraer E195.
Já a pista auxiliar, com 1.495 metros de comprimento e 45 metros de largura só poderá receber aeronaves até categoria 3C, tais como o ATR-72 e Caravan, conforme condições estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em conjunto com o aeroporto, empresas aéreas e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
Segundo a Infraero, as aeronaves de maior porte, como Boeing 737 e Airbus 320 – que estão usando o Aeroporto de Congonhas como estacionamento nesse período de redução de voos por conta da pandemia de covid-19 – poderão usar a pista auxiliar para voos de translado, apenas com tripulação, sem transportar passageiros.
“A Infraero está aproveitando a queda na movimentação de passageiros e operações, em decorrência da pandemia da Covid-19, para adiantar o calendário de obras da empresa. No caso de Congonhas, a obra faz parte de manutenção periódica e servirá para garantir que aeroporto siga operando em condições normais, especialmente de segurança, pelos próximos 10 anos”, disse o superintendente do Aeroporto de Congonhas, João Marcio Jordão.
Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil