Quadrilha suspeita de adulterar combustível é alvo de operação
A Receita Federal do Brasil, o Gaeco-SP e a Polícia Rodoviária Federal cumprem, nesta manhã (21/10/2020), 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão durante a “OPERAÇÃO ARINNA”. O objetivo é combater uma organização criminosa especializada na adulteração de combustíveis e do composto químico Arla 32, um reagente utilizado para garantir maior eficiência com menor poluição ambiental em motores a diesel dos veículos fabricados a partir de 2012.
Segundo apurado na investigação, o esquema criminoso consistia em fabricar o Arla32 utilizando-se, irregularmente, de ureia destinada à fabricação de adubos e fertilizantes, o que, além de provocar danos ao meio ambiente, danifica o motor do caminhão.
Também foi verificado que a organização criminosa importa irregularmente nafta sob a justificativa de que o produto seria destinado à fabricação de tintas e vernizes, entretanto, os elementos de convicção colhidos até o presente momento indicam que o insumo estaria sendo desviado para ser misturado à gasolina. Com o desvio das finalidades industriais da nafta, o grupo investigado teria sonegado tributos federais, que, somados a multas aduaneiras aplicáveis ao caso, podem totalizar cerca de R$ 270 milhões.
Os mandados estão sendo cumpridos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Rondônia e Rio Grande do Sul.
Participam do cumprimento dos mandados de busca e apreensão 16 Auditores-Fiscais e seis Analistas-Tributários da Receita Federal, além de Policiais Rodoviários Federais.
O nome da operação é uma referência à deusa do sol da extinta civilização hitita.
*Com informações da Receita Federal