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Infecção hospitalar despenca 90% em 14 anos

De 2005, quando teve início o monitoramento dos indicadores de infecção hospitalar em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a 2019,  o mais recente levantamento disponível, os casos de infecção primária da corrente sanguínea caíram, em média, 90,4%. Os de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter vesical de demora, 74,6%. E os de pneumonia associada à ventilação mecânica apresentaram queda de 63,1%, em 126 hospitais públicos e privados com UTI adulto localizados na capital.

 A redução significativa de casos de infecção hospitalar ao longo dos anos está fundamentada em um tripé formado pelas seguintes práticas: educação, treinamento e capacitação para a prevenção e o controle das infecções hospitalares realizados pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de cada hospital; vigilância das boas práticas de prevenção contra as infecções na unidade de saúde; e análise e consolidação dos indicadores de resultados com elaboração de plano de ação para melhorias.

 Além disso, o Núcleo Municipal de Controle de Infecção Hospitalar (NMCIH), da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), desenvolve ações complementares como o monitoramento do consumo de antimicrobianos e a resistência microbiana aos antibióticos nos hospitais, a elaboração de informes técnicos e pareceres sobre dúvidas e problemas relacionados à infecção hospitalar, além do apoio nas orientações sobre biossegurança na assistência à saúde.

 Essas medidas estão alinhadas ao Programa Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CVE/SP) e têm o respaldo técnico da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde e da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

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 Cabe ressaltar ainda que a incorporação de novos métodos terapêuticos e tecnologias possibilitou que muitos tratamentos – antes disponibilizados somente em hospitais – fossem administrados, também, em regime domiciliar, com o Programa Saúde da Família (PSF), por exemplo, o que contribui para a redução do risco de infecções.

 “As medidas que temos adotado somadas à eficiência dos profissionais de saúde têm sido eficazes para reduzir os índices de infecção hospitalar, o que significa mais segurança para os pacientes”, afirma Milton Lapchik, coordenador do NMCIH.

Casos       2005-2019:      Percentual de queda

-Infecção primária da corrente sanguínea laboratorialmente confirmada 17,58 1,68  90,4%;

-Infecção do trato urinário associada ao uso de cateter vesical de demora      5,39  1,37  74,6%;

– Pneumonia associada a ventilação mecânica 19,32 7,13  63,1%

Por Pref. de São Paulo

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