Após vídeo viralizar, desembargador diz que sua história “não se resume a um mero cenário”
“Minha história não se resume a um mero cenário. Os livros são minha vida”. Foi o que defendeu o desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas Yedo Simões em um vídeo divulgado nas redes sociais, na última sexta-feira, 4.
A fala veio após um incidente acontecer durante a sessão das câmaras do Tribunal de Justiça, na última quarta-feira, 2, em que um painel atrás do desembargador acidentalmente caiu.
O material em vídeo tem o depoimento do desembargador, mostra seu ambiente de trabalho, o painel que é mostrado pelo próprio desembargador e uma extensa estante com livros clássicos e obras literárias que compõem a biblioteca de Yedo.
Na internet, muitos comentários tinham teor negativo e insinuam que o desembargador amazonense não teria uma biblioteca em casa, fato desmentido por meio do vídeo.
“Apenas um painel. Como eu não poderia colocar toda a minha biblioteca atrás, onde eu trabalho, eu coloco o painel para não exibir outras coisas que eu tenho na minha casa. É um ambiente não tão pequeno, mas que circulam pessoas”, afirma o desembargador.
Yedo lembra que possui também seus itens pessoais. “Isso aqui é um painel, mas por trás aqui tem a minha biblioteca. Eu devo tudo aos livros. Eles fazem parte da minha vida porque foram eles que me trouxeram ao patamar que eu cheguei”, afirma.
Solidariedade
O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas, Marco Aurélio Choy compartilhou o vídeo de Yedo e se solidarizou com o jurista. “Minha solidariedade ao Yedo Simões. Num momento de cancelamentos públicos, onde a utilização de um painel de livros que divide a intimidade da vida familiar/privada do desembargador Yedo Simões do ambiente de trabalho das Sessões Públicas do Tribunal de Justiça do Amazonas, algo típico do momento da pandemia, gerou tamanha comoção”, disse Choy.
“Registro minha solidariedade ao homem Yedo Simões, que tem uma vida pública acima de um único momento, absolutamente, desprovido de qualquer reprovabilidade e que não baliza a conduta construída ao longo de uma história”, defendeu o advogado.
“Infelizmente, vivemos tempos difíceis, onde a história das pessoas são colocadas à prova por muito pouco! Sigamos em frente, até a próxima vítima das redes sociais, e ao homem (não simplesmente ao desembargador) Yedo Simoes, minha solidariedade”, criticou.