Mostra gratuita homenageia centenário do artista Athos Bulcão
A potência dos traços de Athos Bulcão na azulejaria, nos desenhos, na pintura, nas fotomontagens, nos cenários e figurinos e na estreita relação que o artista estabeleceu entre arquitetura e arte pode ser conferida e vivenciada a partir de 1o de agosto no CCBB São Paulo. O universo riquíssimo do artista, que no Memorial da América Latina em São Paulo, tem um de seus mais notáveis painéis de azulejos, será exibido na mostra “100 Anos de Athos Bulcão”, que comemora o centenário de nascimento do artista e propõe um profundo mapeamento e imersão na diversidade de seus trabalhos e técnicas.
A exposição, com curadoria de Marília Panitz e André Severo, oferece ao espectador a possibilidade de conhecer o seu especial processo de produção, com a exibição de mais de 300 trabalhos, alguns dos quais inéditos, realizados entre os anos 1940 e 2005. Obras de artistas mais jovens que direta ou indiretamente foram influenciados por Athos também serão apresentadas. Com o patrocínio do Banco do Brasil e apoio da BBDTVM, realizada pela Fundação Athos Bulcão e produzida pela 4 Art, a exposição, que já esteve em Brasília e Belo Horizonte, após sua permanência em São Paulo, fará sua última escala no CCBB Rio de Janeiro, em outubro.
Dividida em núcleos, “100 anos de Athos Bulcão” vai além da arte da azulejaria: destaca também a pintura figurativa do artista realizada nos anos 1940 e 1950, antes de Brasília. – A série dos carnavais e sua relação com a pintura sacra é extraordinária – afirma Marília Panitz, ao destacar que Athos Bulcão utilizou uma mesma estrutura composicional para trabalhos sacros e profanos, citando como exemplo A Vida de Nossa Senhora, que está na Catedral do Distrito Federal.
A mostra contém ainda os croquis que Athos Bulcão fez para o grupo de teatro O Tablado, do Rio de Janeiro, os figurinos das óperas Amahl e Os Visitantes da Noite de Menotti, paramentos litúrgicos modernistas, grande acervo de seu trabalho gráfico e até os lenços que desenhou quando estava em Paris. No Estado de São Paulo, outro trabalho público se destaca: o relevo em madeira pintada no foyer do Teatro de Araras, em 1991.
Outro aspecto relevante da exposição é a interatividade, desenvolvida a partir do caráter urbano e democrático da obra pública de Athos Bulcão inserida nas cidades. Através de um aplicativo criado especialmente para a mostra, o público será convidado a interagir e apropriar-se de projetos do artista.
Além disso, no dia 1º de agosto, às 19h, no CCBB, um bate-papo completa a programação. Os curadores, a secretária executiva da Fundação Athos Bulcão, Valéria Cabral, dos artistas Pedro Ivo Verçosa, Julio Lapagese e Virgílio Neto, que tem obras patentes na exposição, e o fotógrafo Tuca Reinés, responsável por muitos clicks das obras de Athos, irão dialogar com os visitantes sobre a vida e obra de Athos Bulcão.
Serviço:
De 1o de agosto até 15 de outubro
Entrada franca e Livre para todas as idades
Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 9h às 21h
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo – SP
(Assessoria de imprensa)