“Mulheres pela Justiça” lança site para orientar vítimas de violência
No ar desde o início do mês de agosto, o site, extensão de um projeto social criado em Campinas, interior de São Paulo, para atuar em diversas frentes de combate a qualquer tipo de violência praticada contra mulheres e crianças, dá nova escala de atendimento ao “Mulheres pela Justiça”.
Fundado há um ano pelas advogadas Thaís Cremasco, Sylvia B. Pellegrino e a Juíza do Trabalho, Ana Cláudia T. Viana, o grupo reúne hoje mais de cem profissionais voluntárias de diversos setores e contabiliza cerca de duzentos casos, concluídos ou sob acompanhamento. Em concordância com as diretrizes do grupo de tornar simples o caminho da busca por assistência psicológica e jurídica, o site agrupa na home (página inicial) o campo “Preciso de ajuda”, que leva a usuária à quatro opções de contato – um dos quais um número de WhatsApp .
“Os relatos podem ser anônimos, para permitir às mulheres falar livremente sobre o problema”, conta Thaís.
Ela explica que uma equipe multidisciplinar, treinada para avaliar prioridades, fica encarregada de dar encaminhamentos aos casos . “A principal mensagem do nosso trabalho”, conta, “é mostrar para as mulheres que elas não estão sozinhas”.
O menu do site congrega ainda as seções: “Depoimentos”, “Notícias”, “Mantenedores” e “Voluntariado”.
Ainda de acordo com a advogada, tematiza o missão do grupo, sobretudo, a tarefa permanente de fazer avançar os dispositivos previstos na Lei Maria da Penha (Lei 11.340). Com doze anos de existência completados na última terça-feira (7), a medida prevê diversos mecanismos de combate e punição para quem pratica violência doméstica e familiar contra a mulher.
Para Thaís, no entanto, nessa esfera, a participação da sociedade e do Poder Público está ainda distante das dimensões do desafio – que é coletivo – de transformar a brutal realidade que faz com que o Brasil ocupe hoje 7ª posição entre as nações mais violentas para as mulheres, de um total de 83 países.
Dados
Segundo aponta o Datafolha, 503 mulheres sofrem agressões físicas no Brasil a cada uma hora. São ainda assassinadas, por dia, outras doze delas. Para vítimas de violências que se enquadram na Lei Maria da Penha, Campinas expede por dia cerca de três medidas protetivas, direcionadas à afastar o agressor do lar ou do local de convivência com a mulher, segundo registros referentes ao primeiro trimestre de 2018 das duas unidades da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade.
Serviço
Participe: É possível participar do grupo Mulheres pela Justiça como colaborador (a) financeiro ou pelo trabalho voluntário.
Acesse o site ou envie um e-mail para [email protected] WhatsApp (19) 9- 9918-6368.
O grupo está também no Facebook.
Outras opções para quem busca ajuda: CEAMO: 0800 777 1050 ou (19) 3236 3619
Associação dos Advogados Trabalhistas de Campinas AATC: (19) 3236-8200
(Texto cedido por Leila de Oliveira)