São Paulo registra aumento de 139% nos acidentes com linhas de cerol
Crescimento alarmante de acidentes com pipas reforça a necessidade de conscientização e medidas preventivas.
A cidade de São Paulo enfrenta um aumento preocupante nos acidentes causados por linhas de cerol utilizadas em pipas. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), houve um crescimento de 139% nos atendimentos ambulatoriais relacionados a objetos cortantes entre janeiro e maio de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O cerol, uma mistura de cola e vidro moído, é praticamente invisível a olho nu e pode causar ferimentos graves e até fatais. Motoqueiros, ciclistas e pedestres são os mais vulneráveis, mas crianças também correm riscos significativos ao brincar nas ruas. Em muitos casos, as crianças tentam recuperar pipas presas em redes elétricas, resultando em queimaduras e outros ferimentos graves.
Riscos e Consequências
Os acidentes com linhas de cerol podem resultar em cortes profundos, hemorragias, insuficiência respiratória aguda e até cegueira. Em casos extremos, podem levar à mutilação ou morte. A linha chilena, uma variante ainda mais perigosa, contém óxido de alumínio e pó de quartzo, substâncias altamente cortantes que podem causar danos severos à rede elétrica e choques elétricos.
Medidas Preventivas
A Lei 17.201/2019 proíbe o uso, fabricação e comercialização de cerol e outras linhas cortantes no estado de São Paulo. No entanto, a fiscalização e a conscientização da população são essenciais para reduzir esses incidentes. Campanhas educativas e ações de fiscalização mais rigorosas são necessárias para proteger a população, especialmente durante as férias escolares, quando o uso de pipas aumenta significativamente.