GCM acusado de integrar milícia na Cracolândia se entrega à Polícia

Elisson Assis, ex-guarda civil metropolitano (GCM), acusado de integrar uma milícia que extorquia comerciantes na Cracolândia, no centro de São Paulo, se entregou à polícia nesta quarta-feira (7). Assis, que estava foragido, apresentou-se no 93º Distrito Policial, no bairro do Jaguaré, acompanhado de seus advogados.

Acusações e Investigações

Elisson Assis é apontado como o líder de uma milícia que cobrava “taxas de proteção” de comerciantes e moradores na Cracolândia. Segundo a Controladoria-Geral do Município de São Paulo, ele é investigado por sete crimes, incluindo corrupção passiva, extorsão, organização criminosa, constituição de milícia privada, lavagem de dinheiro, concussão e peculato.

A operação que levou à prisão de Assis também resultou na detenção de outros dois guardas-civis metropolitanos na terça-feira (6). Um quarto suspeito ainda está foragido. As investigações revelaram que o grupo movimentou mais de R$ 3 milhões em propinas cobradas de comerciantes em troca de segurança.

Repercussão e Medidas

A prisão de Assis e seus comparsas é parte de uma operação maior para desmantelar a milícia que atua na Cracolândia. A prefeitura de São Paulo afirmou que todos os agentes envolvidos já foram afastados ou expulsos da corporação. A Controladoria-Geral do Município solicitou a prisão preventiva dos suspeitos para evitar que eles ameacem as vítimas e prejudiquem a produção de provas.

Contexto na Cracolândia

A Cracolândia, conhecida pela alta concentração de usuários de drogas e pela violência, tem sido foco de diversas operações policiais nos últimos anos. A atuação de milícias na região agrava ainda mais a situação, impondo um clima de medo e insegurança para os moradores e comerciantes locais.