Ato na Paulista testa força de Bolsonaro e pressiona por anistia de 8 de janeiro
Com apoio de governadores aliados, manifestação busca mostrar poder de mobilização e cobrar anistia para réus por atos golpistas
O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou para este domingo (6), uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, com o objetivo de pressionar pela anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Este ato é visto como um teste crucial para avaliar sua capacidade de mobilização popular, especialmente após a baixa adesão registrada em evento similar no Rio de Janeiro, em março.

Presenças Confirmadas
Diversos governadores aliados confirmaram presença no evento, incluindo Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Jorginho Mello (Santa Catarina), Ratinho Júnior (Paraná), Ronaldo Caiado (Goiás) e Gladson Cameli (Acre). A participação desses líderes é considerada estratégica para demonstrar coesão e força política em torno de Bolsonaro.
Medidas de Segurança e Logística
As autoridades paulistas anunciaram reforços na segurança e no transporte público para acomodar os participantes esperados. A Polícia Militar implementará um esquema especial de policiamento na região da Avenida Paulista, enquanto o transporte público terá aumento na frota de ônibus e trens para facilitar o deslocamento dos manifestantes.
Contexto e Expectativas
Aliados de Bolsonaro consideram o ato na Paulista decisivo para medir sua capacidade de atrair multidões e influenciar a agenda política, especialmente após ele e outros sete aliados tornarem-se réus no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. A baixa adesão no Rio de Janeiro levantou preocupações sobre a força do movimento, tornando o evento em São Paulo ainda mais significativo.
Disputa por Espaço no Palco
A manifestação também gerou uma disputa entre deputados da oposição por espaço no trio elétrico onde Bolsonaro estará presente. A presença ao lado do ex-presidente é vista como uma oportunidade de visibilidade política, refletindo a importância atribuída ao evento por seus apoiadores.
Este ato é considerado um termômetro para futuras mobilizações e para a influência de Bolsonaro no cenário político atual, especialmente no que tange à pauta da anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.