Economia

Brasil não precisa ter uma meta de inflação “tão rígida”, diz Lula em entrevista

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em uma entrevista à Rádio Gaúcha, uma abordagem mais flexível para as metas de inflação do Brasil. Questionou o sistema atual, segundo o qual o Banco Central estabelece anualmente uma meta de inflação com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em vez disso, Lula propôs a adoção de um sistema de metas de inflação mais adaptável, que possa reagir com sensibilidade às variações da economia e às aspirações da sociedade.

O Presidente criticou ainda a manutenção da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 13,75%. Ele argumentou que, com uma inflação relativamente baixa, não há justificativa para manter a Selic nesse nível, já que isso encarece o crédito e desacelera a economia. Lula disse que o setor financeiro é o único que apoia a alta taxa de juros, enquanto todos os outros setores se opõem.

Durante a entrevista, Lula também destacou que o novo programa de infraestrutura do governo deve destinar um total de R$ 5,7 bilhões para o Rio Grande do Sul em estradas e pontes, mais R$ 2 bilhões da iniciativa privada, através de parcerias público-privadas. Ele citou a importância do envolvimento dos governadores estaduais na identificação de obras prioritárias e afirmou que o novo plano de investimentos deve ser anunciado nos próximos dez dias.

Nesta sexta-feira, o presidente visitará Viamão e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ele participará de um evento do programa Minha Casa, Minha Vida e visitará o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, além de ter um almoço programado com o governador do estado, Eduardo Leite.

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