Governo Lula prevê cortes no INSS, BPC e Bolsa Família para economizar R$ 25,9 bilhões
Medidas visam cumprir o arcabouço fiscal e garantir a sustentabilidade das contas públicas
O governo Lula anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões no orçamento de 2025, com foco em programas sociais como o INSS, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família. A medida faz parte do esforço para cumprir o arcabouço fiscal e garantir a sustentabilidade das contas públicas.
Detalhes dos cortes
A maior parte da economia virá da revisão de benefícios pagos pelo INSS, com uma previsão de redução de R$ 7,3 bilhões. O governo já reavaliou 260 mil benefícios em 2024, cessando metade deles por pagamento indevido, o que resultou em uma economia de R$ 1,3 bilhão até junho. Para 2025, a expectativa é que a revisão continue, abrangendo benefícios como o auxílio-doença, com uma economia prevista de R$ 3,2 bilhões.
O BPC, que atende pessoas com deficiência e idosos de baixa renda, também será alvo de reavaliações. O governo espera economizar R$ 6,4 bilhões com a revisão de mais de 3 milhões de benefícios. Já o Bolsa Família, programa de transferência de renda, terá uma redução de gastos estimada em R$ 2,3 bilhões.
Impactos e justificativas
Segundo o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos, Sérgio Firpo, a revisão de gastos não visa acabar com os benefícios, mas garantir que apenas aqueles que realmente têm direito os recebam. A medida é vista como necessária para manter a sustentabilidade fiscal e evitar um déficit primário em 2025.
O governo também prevê cortes em outras áreas, como gastos pessoais (R$ 2 bilhões), Seguro Defeso (R$ 1,1 bilhão) e Proagro (R$ 3,7 bilhões). Essas ações são parte de um esforço mais amplo para ajustar as contas públicas e cumprir as metas fiscais estabelecidas.
Reações e desafios
As medidas anunciadas geraram reações diversas. Enquanto alguns especialistas veem os cortes como necessários para garantir a sustentabilidade fiscal, outros alertam para os possíveis impactos negativos sobre a população mais vulnerável. A revisão de benefícios pode afetar diretamente milhões de brasileiros que dependem desses programas para sua subsistência.