Governo paulista cria gabinete de crise para combater incêndios

Diante da série de incêndios que têm assolado o interior do estado de São Paulo, o governo estadual anunciou a formação de um gabinete de crise. Este órgão tem como objetivo coordenar as ações de monitoramento e combate às chamas que, impulsionadas por uma onda de calor e baixa umidade do ar, representam uma ameaça significativa ao meio ambiente e à saúde pública.

O Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) da Defesa Civil identificou focos ativos de incêndio em 30 cidades, colocando-as em alerta máximo para grandes queimadas. A situação é agravada por ventos intensos que ajudam a propagar as chamas, resultando em fumaça densa e tóxica, prejudicial ao sistema respiratório e podendo causar desordens cardiovasculares.

Recentemente, dois funcionários de uma usina em Urupês perderam a vida tentando combater um incêndio, destacando os riscos extremos enfrentados pelos trabalhadores na linha de frente. Além disso, alguns incêndios de grande porte obrigaram o governo a interditar várias rodovias, impactando significativamente o tráfego em diversas regiões.

O gabinete de crise é uma resposta direta aos desafios impostos pelos incêndios, buscando uma ação mais efetiva e coordenada. Entre as recomendações emitidas, destaca-se a orientação para que motoristas evitem áreas com cortinas de fumaça e fogo e, caso necessário, reduzam a velocidade e mantenham os faróis baixos acesos.

Os municípios em alerta máximo incluem locais como Alumínio, Araraquara, Piracicaba e São Bernardo do Campo. A situação alarmante é refletida nos números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que registrou 1.886 focos de incêndios ativos apenas no último dia.