Naja apreendida em Brasília é trazida para São Paulo
Já estão no Instituto Butantan, em São Paulo, as cobras Naja kaouthia e víbora-verde-voguel – espécies peçonhentas que estavam no Zoológico de Brasília, após terem sido apreendidas com o estudante acusado de tráfico de animais, Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl.
As duas serpentes, que são peçonhentas, junto com outras cinco cobras-do-milho não venenosas, chegaram hoje (12) no aeroporto de Guarulhos. Todos os protocolos de transporte previstos pelos órgãos regulatórios estão sendo respeitados, informou o instituto.
No Butantan, os animais foram registrados e passaram por exames clínicos gerais para entrar em uma quarentena pelo período de 30 a 40 dias. A definição sobre o destino deles será tomada após esse período. As cobras poderão ser encaminhados ao Museu Biológico ou ter atividades científicas e de educação ambiental como destino.
“O Butantan tem um papel atuante em casos como este. Não somos uma entidade fiscalizadora, mas, sim, de apoio aos órgãos responsáveis. Isso se dá por conta do nosso trabalho histórico com animais peçonhentos e venenosos. Há muitos anos que trabalhamos junto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Policia Ambiental no recebimento de animais apreendidos tanto da fauna brasileira, como da fauna exótica”, informou, por meio de nota, o diretor do Museu Biológico, Giuseppe Puorto, que desde 2017 tem em exposição no seu acervo uma naja kaouthia.
O estudante Pedro Henrique foi picado pela cobra naja no dia 7 de julho. Devido ao incidente, foi internado em um hospital privado na região administrativa do Gama, a 30 quilômetros do centro de Brasília. O quadro do rapaz evoluiu para estado grave e ele chegou a ser colocado em coma induzido, mas recebeu alta logo depois.
A cobra foi encontrada em uma caixa, na região central de Brasília, pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA). O animal estava em boas condições e foi encaminhado para o Ibama, que o repassou ao Zoológico de Brasília.
Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil