Mortes em Petrópolis sobem para quatro
Estado tem riscos de deslizamentos de encostas em vários municípios
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou neste sábado (23) que as chuvas em Petrópolis, na região serrana, passaram de 304 milímetros (mm) nas últimas 24 horas. “Provavelmente vai se cumprir a previsão de mais de 500 milímetros de chuva em 48 horas”, disse Castro no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na região central da capital. Foram confirmadas quatro mortes na cidade e 520 desalojados.
Para se ter uma ideia do que essa quantidade significa, é preciso comparar que cada milímetro de chuva equivale a 1 litro de água por metro quadrado de área em uma localidade. Portanto, 200 milímetros em 24 horas são 200 litros de água de chuva caindo em cada quadrado de uma localidade no intervalo de apenas um dia.
Os outros municípios com maiores acúmulos pluviométricos nas últimas 24 horas são Teresópolis, Bom Jesus do Itabapoana, Campos e Magé com mais de 200 milímetros, e Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Maricá, Duque de Caxias, Angra dos Reis, Mangaratiba, São Francisco do Itabapoana, Macaé, Cachoeira de Macacu, e Guapimirim com mais de 100 milímetros.
Segundo o governo estadual, o risco geológico para deslizamentos é muito alto em Campos, Bom Jesus do Itabapoana, Petrópolis, Magé e Teresópolis.
O temporal que atingiu o estado do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (22) deixou sete mortos.
Os bombeiros já resgataram mais de 90 pessoas com vida de ocorrências envolvendo deslizamentos, desabamentos, inundações e alagamentos provocados pelas chuvas, em todo o estado e foram acionados para mais de 100 ocorrências relacionadas às fortes precipitações que atingem o território fluminense.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, telefonaram para o governador Cláudio Castro para prestar solidariedade e colocar as equipes do governo federal à disposição do estado.