PMs acionaram câmeras corporais em metade das ocorrências, diz Defensoria de SP
Levantamento da Defensoria Pública revela uso parcial de câmeras corporais por PMs em São Paulo
Um recente levantamento realizado pela Defensoria Pública de São Paulo a partir de audiências de custódia mostrou que na metade das ocorrências os policiais militares do estado não acionaram câmeras corporais.
As câmeras corporais, dispositivos fixados nas fardas dos PMs, são ferramentas cruciais para o registro de ações policiais, proporcionando uma visão objetiva dos eventos. No entanto, o relatório indica que, em 58% dos casos analisados, as imagens solicitadas pela defensoria não foram enviadas pelos batalhões. Além disso, foram identificadas situações em que os policiais removeram as câmeras dos uniformes ou tentaram encobrir o equipamento, impedindo a gravação adequada das ocorrências.
Diante desses fatos, a Polícia Militar de São Paulo determinou que as câmeras devem ser acionadas em todas as ocorrências. A medida visa aumentar a quantidade de equipamentos de 10 mil para 12 mil, embora o tempo de armazenamento das imagens tenha sido reduzido de três meses para 30 dias. Especialistas e entidades de direitos humanos criticaram as mudanças no sistema de monitoramento, argumentando que a gravação ininterrupta é essencial para garantir a eficácia do programa e o uso adequado dos recursos públicos.