Policial Militar suspeito de estupro tem prisão revogada em SP
A Polícia Civil de São Paulo revogou nesta segunda-feira (22) o pedido de prisão temporária de um cabo da Polícia Militar suspeito de raptar e estuprar uma mulher no último dia 14 na Zona Leste de São Paulo. O homem negou o crime à polícia e não foi reconhecido pela vítima, que esteve na delegacia onde ele prestou depoimento.
Imagens de câmera de segurança que circulam pelas redes sociais mostram o momento em que um homem estaciona o carro na rua Antônio La Giudice, no Jardim Aricanduva, na Zona Leste. Eram 7h de 14 de janeiro, um domingo.
As imagens mostram que o homem parece pegar no porta-malas do carro algo que em seguida ele coloca na cintura. Não dá para identificar o que é. O homem fica à espreita na esquina, até que a vítima aparece. Ela resiste ir com ele, e o homem levanta a blusa dela e arrasta a jovem para dentro do carro.
O delegado que cuida do caso diz que pediu a prisão preventiva do cabo Paulo Emídio dos Santos no último sábado (20) porque a vítima identificou o policial como o autor do estupro por meio de uma foto.
Nesta segunda-feira, Paulo Emídio se apresentou ao 66ºDP, na Zona Leste, e negou o crime. Ele levou documentos para mostrar que estava fora de São Paulo no dia do crime. A vítima foi chamada e não reconheceu o policial. Por isso, o delegado revogou o pedido de prisão e decidiu continuar a investigação.
Em dezembro do ano passado, Paulo Emídio dos Santos tinha sido levado para a delegacia acusado de importunação violenta ao pudor. Ele negou o crime e foi liberado. Segundo boletim de ocorrência, a vítima, de 19 anos, contou que andava na rua quando o PM passou num carro e mostrou o órgão genital. O carro é do mesmo modelo do que aparece no vídeo gravado no Jardim Aricanduva no dia 14.
Sobre esse crime de atentado ao pudor, a defesa de Paulo Emídio dos Santos informou que o PM foi confundido por ter o carro igual ao do criminoso e morar na mesma região.
A SSP informou em nota que o 66º DP (Jardim Aricanduva) instaurou inquérito para investigar o caso ocorrido no último domingo (14), no bairro de Aricanduva, zona leste da capital. As investigações seguem em sigilo.