Presidente Lula destaca a importância de resgatar o sentido coletivo do 7 de Setembro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em declarações nesta terça-feira (5), que o 7 de Setembro, data comemorativa da independência do Brasil, foi apropriado pelos militares ao longo dos anos, mas que essa celebração pertence a toda a sociedade brasileira. Neste ano, as comemorações do governo federal têm como slogan “Democracia, soberania e união”.
Lula ressaltou que, devido aos 23 anos de regime autoritário no país, os militares se apropriaram do 7 de Setembro, transformando-o em uma celebração exclusiva. No entanto, o presidente enfatizou o desejo de resgatar o sentido coletivo da data, envolvendo todos os setores da sociedade brasileira. Segundo ele, o 7 de Setembro pertence não apenas aos militares, mas também aos professores, médicos, dentistas, advogados, vendedores ambulantes e pequenos e médios empreendedores, pois é uma festa importante que representa a conquista da soberania do Brasil em relação ao país colonizador.
Durante o programa semanal “Conversa com o Presidente”, transmitido pelo Canal Gov, Lula destacou que as comemorações do 7 de Setembro serão pacíficas. Ele ressaltou que a festa da independência é uma tradição em todos os países do mundo e é um momento para comemorar a autonomia e a liberdade conquistadas.
No âmbito da segurança das comemorações, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) atuará de forma preventiva na identificação de ameaças e possíveis incidentes que possam colocar em risco a segurança do público e das autoridades durante o desfile cívico na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O governo do Distrito Federal também criou um gabinete de mobilização institucional para acompanhar os eventos comemorativos na capital, visando prevenir incidentes semelhantes aos ocorridos em 8 de janeiro, quando manifestantes danificaram as sedes dos Três Poderes.
O presidente Lula ressaltou ainda que a independência do Brasil foi um processo que envolveu diversas batalhas em diferentes estados. Ele mencionou a independência da Bahia, quando os portugueses foram definitivamente expulsos do país em 2 de julho de 1823, quase um ano após o 7 de Setembro de 1822, data oficial da independência.