Sepultura anuncia turnê de despedida após 40 anos de carreira
A banda mineira vai fazer uma série de shows pelo Brasil e pelo mundo, com um álbum ao vivo gravado em cada cidade
O Sepultura, uma das bandas mais importantes do heavy metal brasileiro, anunciou que vai fazer sua última turnê pelo mundo, chamada Celebrating Life Through Death (Celebrando a Vida através da Morte). A turnê vai durar 18 meses, a partir de março de 2024, e vai passar por vários países da América Latina, Estados Unidos e Europa.
A primeira etapa da excursão será no Brasil, sendo o primeiro show em Belo Horizonte, no dia 1º de março. O calendário, divulgado nesta sexta-feira (8), inclui outras cidades, como Juiz de Fora (MG), Brasília, Uberlândia (MG), Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis – todos em março de 2024 -, e São Paulo – em setembro.
A partir de abril, o Sepultura se apresenta nos outros países da América Latina e, depois, vai para os Estados Unidos e a Europa. O repertório não será fixo; vai mudar de acordo com o local.
A última turnê deve render ainda um álbum ao vivo, com 40 músicas. O plano do grupo é gravar cada faixa em uma cidade diferente. Sobre a participação dos quatro ex-integrantes do Sepultura, Andreas Kisser disse que o palco está aberto a colaborações, mas que é o momento de viver o presente, não o passado.
Os ingressos para os primeiros shows começam a ser vendidos pela internet na segunda-feira (11), a partir das 12h.
Além do Sepultura, em 2024, o Rock in Rio comemora 40 anos. O grupo já se apresentou em algumas edições do festival, mas não está entre as atrações já anunciadas para o ano que vem. A banda estará no Brasil e com datas livres na época do evento, em setembro de 2024. Os músicos disseram que gostam de tocar no Rock in Rio, mas desconversaram quando questionados se houve algum convite para se apresentar na próxima edição.
O legado Ao fazer um balanço da carreira do grupo, Andreas Kisser destacou que o Sepultura deixa um legado que deve ser celebrado.
“É uma festa. Uma festa realmente de uma banda muito especial na história da música brasileira, que tem um significado não só musical, mas cultural também: a temática indígena, um vocalista negro no heavy metal – que era uma coisa absurda em 1997”, disse o guitarrista, lembrando da época em que o vocalista Derrick Green entrou na banda.
Sobre as letras, normalmente críticas ao sistema, Kisser afirmou que “o Sepultura sempre foi isso. Não foi só uma retórica das letras, mas a gente sempre agiu da forma que a gente acha que tem que agir. A gente acredita no respeito, na diversidade, nas ideias. A gente não tem medo das ideias, não tem medo de desafio.”