Sobe para dez número de mortos pela polícia em operação no Rio
Ação da Polícia Militar do Rio de Janeiro em oito comunidades da zona norte da capital resultou na morte de 10 pessoas nesta quarta-feira (3). Segundo a Polícia Militar (PM), os mortos eram suspeitos de entrar em confronto com os policiais.
Na operação também foram apreendidos cinco fuzis, quatro pistolas e uma submetralhadora, além de rádios de comunicação e material entorpecente. Os policiais do Comando de Operações Especiais, como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e a tropa de Choque participaram diretamente da ação, cercando os principais pontos de acessos às comunidades, com apoio dos batalhões da PM, responsáveis pelo policiamento ostensivo e repressivo.
Cerco às comunidades
A operação envolveu 300 militares numa ampla ação nas comunidades da Caixa D’Água e do Morro do Dezoito, em Quintino, no Morro do Urubu, em Pilares, e do Flechal, no Engenho da Rainha, e da Rua Barão, Bateau Mouche e Chacrinha, na Praça Seca. Segundo a polícia, ação visa estabilizar toda a região, que vem sendo objeto de disputa entre grupos de criminosos rivais pelo domínio territorial, com a finalidade de ampliação do tráfico de entorpecentes e controle de serviços fornecidos à população local, como a venda de gás, botijões de água, cerveja e refrigerantes, fornecimento de internet e sinal de TV a cabo. Esses serviços só podem ser adquiridos nas comunidades. Os moradores não podem adquirir esses serviços no comércio e levar para as comunidades.
De acordo com a PM, a ação teve como finalidade interromper os confrontos armados entre quadrilhas criminosas rivais, que disputam o controle dessas comunidades, com o objetivo de explorar atividades ilegais. De acordo com o porta-voz da corporação, major Ivan Blaz, o número de mortos foi alto devido a “marginais que resistiram duramente à ação policial. Mas tivemos seis criminosos presos que se renderam por conta da operação policial”, afirmou.