Polícia

Após episódios de violência policial, Tarcísio defende uso de câmeras corporais: ‘Estava errado’

Governador de São Paulo admite equívoco em críticas anteriores e anuncia ampliação do programa de câmeras nos uniformes da PM

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reconheceu nesta quinta-feira (5) que estava equivocado em sua oposição ao uso de câmeras corporais pelos policiais militares. Em entrevista à rádio CBN, ele afirmou: “Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão [das câmeras corporais]. Eu tinha uma visão equivocada, fruto da experiência pretérita que eu tinha, que não tem nada a ver com a segurança pública. Hoje, eu estou absolutamente convencido que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial.”

câmeras corporais
Governador de São Paulo admite equívoco em críticas anteriores e anuncia ampliação do programa de câmeras nos uniformes da PM(Gov. do Estado de SP)

Mudança de postura após episódios de violência

A mudança de postura de Tarcísio ocorre após uma série de episódios de violência policial em São Paulo, incluindo o caso de um policial militar que arremessou um homem de uma ponte sem resistência aparente, resultando em ferimentos para a vítima. Esses incidentes aumentaram a pressão sobre o governo estadual para adotar medidas que garantam maior transparência e responsabilidade nas ações da polícia.

Ampliação do programa de câmeras corporais

Anteriormente, Tarcísio havia manifestado críticas ao uso de câmeras nos uniformes dos policiais, alegando que poderiam colocar os agentes em desvantagem em relação aos criminosos. No entanto, reconhecendo a eficácia desses dispositivos na promoção da transparência e na proteção tanto da sociedade quanto dos policiais, o governador anunciou a ampliação do programa. “Vamos não só manter o programa, mas ampliar o programa e tentar trazer o que tem de melhor em termos de tecnologia”, afirmou.

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Impacto das câmeras na redução da violência policial

Estudos indicam que a implementação de câmeras corporais tem contribuído para a redução de casos de violência policial. Em 2022, após a adoção das câmeras, a mortalidade de adolescentes em intervenções policiais atingiu o menor número da série histórica. Nos batalhões que incorporaram o sistema, o número de policiais mortos em serviço caiu 76% entre 2019 e 2022.

Próximos passos e expectativas

Com a ampliação do programa de câmeras corporais, espera-se um aumento na transparência das ações policiais e uma maior responsabilização em casos de abuso de poder. Especialistas acreditam que essa medida pode ser um passo importante na construção de uma relação mais confiável entre a polícia e a comunidade.

A decisão de Tarcísio de Freitas reflete uma adaptação às demandas sociais por maior responsabilidade e transparência nas instituições de segurança pública, reconhecendo que a tecnologia pode ser uma aliada na promoção da justiça e da equidade.

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Carlos Thiago Da Silva Nunes
5 dias atrás

Essa política militar se tornou uma milícia do mal, tem que trocar todos .

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